A Comissão de Redação do Estatuto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu nos dias 27 e 28 de junho, em Brasília (DF), para os últimos ajustes no texto do novo Estatuto da entidade.
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O documento será analisado pelos bispos brasileiros antes da realização da segunda etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB, que irá ocorrer de 29 de agosto a 2 de setembro, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional de Aparecida, e marcará o reencontro do episcopado depois de três anos.
O arcebispo de Ribeirão Preto (SP) e presidente da Comissão de Redação, Dom Moacir Silva, explicou que o processo já vinha sendo feito e que esta já era a terceira reunião em que a equipe se concentrava em “aclarear conceitos” e deixar “o texto pronto para ser enviado aos bispos”.
Isto porque, segundo Dom Moacir, durante a etapa presencial da Assembleia Geral, o documento será votado. Após aprovação do episcopado, a revisão do Estatuto da CNBB será submetida à Santa Sé para a aprovação definitiva.
Expectativa de aprovação
Dom Moacir afirmou que se sente tranquilo a respeito da aprovação do novo Estatuto por parte dos bispos.
“Já na primeira etapa da Assembleia, realizada de forma virtual, a reação foi muito boa e nós nem tínhamos feito tudo que tinha sido proposto, então acredito que não haverá muita dificuldade para aprovação na segunda etapa da Assembleia, e aí uma vez aprovado é aguardar o posicionamento da Santa Sé”, disse.
Ainda segundo ele, uma vez aprovado o Estatuto, será preciso fazer um novo regimento interno da CNBB. “Esse será o próximo passo dessa Comissão”, revela.
Além de Dom Moacir, o processo de sistematização é conduzido pelo bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida; e pelos padres Ewerton Fernandes Moraes, Tarcísio Pedro Vieira, Alberto Montealegre e Valdir Manoel dos Santos.
O que há de diferente?
Dom Moacir salientou que sempre se ouvia por parte do episcopado a sugestão de que o Estatuto precisaria ser “mais leve”, então, de acordo com ele, “a Comissão vem tentando trabalhar para que isso aconteça, nessa perspectiva”.
A novidade do texto, conforme o bispo, é justamente o Preâmbulo (uma espécie de introdução resumida sobre o conteúdo do texto), uma parte nova do Estatuto e que não existia nos outros. “Inclusive o Preâmbulo foi elogiado na primeira parte da Assembleia, a de forma remota, e ali está um pouco o espelho do Estatuto”, finalizou Dom Moacir.
“No Preâmbulo está garantida a questão da sinodalidade, a missionariedade, a colegialidade, inclusive houve o acréscimo de um texto sobre a construção da Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, do Papa Francisco, sobre a Cúria Romana e o seu serviço à Igreja no mundo”, disse.
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Fonte: CNBB
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