A Santa Missa celebrada às 7h no Altar Central foi presidida por Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e a homilia foi feita pelo Dom Orlando, Arcebispo de Aparecida, que deixou sua saudação a todos os presentes, bem como foi vestido com o cocar pelo Cacique Dorvalino, após a leitura da carta de agradecimento a Dom Carlos, lida por uma Tapuia, que defendeu o povo indígena e suas terras invadidas.
“(...) Queremos que o senhor saiba, Dom Carlos, que estará sempre em nossos corações, foi a Igreja que ama, acolhe e cuida, caminhou conosco, chorou nossas dores e sorriu nossas alegrias por incontáveis vezes. Sempre esteve de braços abertos para nos ajudar, sempre um pai e amigo, como diz na palavra ‘quem encontrou um amigo encontrou um tesouro’ e queremos que saiba da nossa gratidão e da nossa alegria por termos a sua amizade.
Querido Dom Carlos, hoje estamos para abraçá-lo e dizer que o nosso povo, que andava triste nas décadas de 80 e 90 por terem seus direitos negligenciados, graças a Deus e a ajuda da Igreja e de todos os parceiros, hoje vivemos um cenário bem diferente. Temos escola na comunidade, da primeira fase ao ensino médio, professores do próprio povo, nossa terra demarcada e homologada, como deveria ser (...) “ – trecho da carta de agradecimento lida durante a Santa Missa.
Durante a homília, Dom Orlando falou sobre o amor ágape, que é o tipo de amor genuíno, que nada espera em troca, abordou a importância da Pastoral Carcerária e o quanto ela demanda desse amor, além de homenagear os indígenas.
O Arcebispo de Aparecida deixou seu agradecimento aos indígenas e relembrou a atuação da Igreja Católica para com esse povo.
“Lembrar que a Igreja Católica foi uma das primeiras, se não a primeira, a estar no meio de nossos indígenas catequizando.(...) Dom Peruzzo, no sínodo da catequese, levaram indígenas e quando o indígena falou, ele dizia: você sabe quem é a nossa catequista? São as estrelas, são as árvores, são os rios, é toda criação e, de fato, irmãos e irmãs, a criação é a primeira grande catequese, não vamos destruí-la”, disse Dom Orlando durante sua homilia.
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