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Trabalho religioso: a profissão mais feliz?

Entenda por que tantos encontram realização no serviço à fé

Escrito por Beatriz Nery

03 DEZ 2024 - 15H18 (Atualizada em 03 DEZ 2024 - 17H09)

Reprodução/ ACN

Uma pesquisa recente feita nos Estados Unidos revelou um dado curioso: trabalhadores religiosos, como padres, irmãs e irmãos consagrados, são as pessoas mais felizes em suas profissões.

Essa descoberta traz uma nova visão de que carreiras baseadas no altruísmo são recompensadoras também, ou seja, aqueles que se dedicam à vida religiosa experimentam altos níveis de satisfação, muito acima da média do que em outras profissões.

O que torna a vida religiosa tão especial?

Para Ir. Ian Lucas, C.Ss.R., o serviço a Deus e à comunidade é fonte de alegria e realização. Sua decisão pela vida religiosa foi um processo amadurecido ao longo do tempo.

“Desde jovem, eu tinha uma intensa vida de oração e sentia um chamado à vocação religiosa, mas não queria ser sacerdote. Foi ao conhecer a vida de São Geraldo Majela, um irmão redentorista, que me senti inspirado a seguir esse caminho”, compartilha ele.

Antes de ingressar na Congregação do Santíssimo Redentor, Ian cursou enfermagem e trabalhou em um hospital, ajudando a confirmar seu chamado.

Foi na enfermagem que amadureci minha vocação. Uma experiência marcante foi cuidar de um idoso acamado, que, mesmo em dor, sorriu e disse: ‘A dor passa, mas o amor fica.’ Isso me fez perceber que tudo o que realizamos com amor permanece.”

Gustavo Cabral/A12
Gustavo Cabral/A12


O segredo da felicidade está no serviço a Deus

Estudos como os conduzidos pela economista Olga Popova do Instituto Leibniz de Estudos do Leste e Sudeste Europeu mostram que há uma relação direta entre a prática ativa da fé e o bem-estar.

Para Ir. Ian, a oração e a vida comunitária são fundamentais. A oração, pessoal e em comunidade, é o que mais me fortalece. Santo Afonso [fundador da Congregação Redentorista] dizia que ‘quem reza se salva’, e eu acredito profundamente nisso.”

Além disso, o trabalho religioso proporciona um forte senso de propósito. “Ajudar outras pessoas, seja cuidando de enfermos ou consolando quem está em sofrimento, é algo que dá sentido à minha vida e fortalece minha fé”, afirma.

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O missionário redentorista também reforça que a vida religiosa tem desafios.

Presenciar o sofrimento físico e emocional de outros pode ser difícil. Às vezes, é preciso lidar com ingratidão e indelicadezas. Mas acredito que o amor a Deus e ao próximo sempre se sobressai. Tudo passa, mas o que é feito com amor permanece.”

Além de trazer realização pessoal, o trabalho religioso beneficia diretamente a sociedade. Ir. Ian destaca:

Nosso trabalho é estar ao lado das pessoas, seja em momentos de alegria, como um batizado, ou de dor, como no cuidado de um enfermo. Essa presença constante fortalece não só quem recebe o cuidado, mas também quem o oferece.”

No Brasil, as áreas com trabalhadores mais felizes, segundo a Bamboo HR são: construção, tecnologia, finanças, ONGs, restaurantes, hospitalidade, educação e saúde.

É a sua vocação? Receba uma mensagem de esperança e incentivo!

Para aqueles que sentem o chamado à vida religiosa ou simplesmente buscam viver com mais sentido, Ir. Ian deixa uma mensagem:

“Não se preocupem tanto com o futuro. O agora é o momento de buscar a graça de Deus. Se Ele chamar para novos horizontes, respondam com firmeza e coragem. Fazer o bem no presente, no que está ao alcance, é o que transforma nossas vidas e as de quem nos cerca.”

Thiago Leon
Thiago Leon
Missionários Redentoristas


Fonte: Washington Post/ACI Digital/Bamboo HR

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