O XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educação (ENAPE), aconteceu neste mês de agosto, em Goiânia, e contou com a participação presencial de 120 educadores representantes dos regionais da CNBB e mais de 900 remotamente.Leia MaisCNBB lança e-book para o XXI Encontro Nacional da Pastoral da EducaçãoOs caminhos da educação no cotidiano e na escola católica
Esse foi o primeiro grande encontro que a arquidiocese recebe após o período de pandemia. O arcebispo de Goiânia e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom João Justino de Medeiros e Silva, ressaltou que o encontro lembrou da Campanha da Fraternidade 2022, que após 40 anos, voltou a aprofundar o tema da “educação”.
“Trabalharemos aqui para compreender a importância da Pastoral da Educação em nossas igrejas diocesanas. A identidade ou as identidades, ou seja, as muitas formas de realizar este pastoreio no âmbito da educação”.
Os participantes do encontro aprovaram uma carta com o título “Cremos na Educação”, no documento os educadores católicos compartilham “aquilo que o Espírito Santo suscitou como inspiração e chamado ao longo destes dias”.
A carta fez dura crítica em relação a educação no país, que passa por uma desvalorização de profissionais, o que impacta diretamente nos alunos, e “que se materializa no desmonte das políticas públicas educacionais, na falta planejamento e investimento, na má remuneração dos professores, na mercantilização do saber e no abandono das comunidades originárias, ribeirinhas e quilombolas”.
Eles lembram que a pandemia também impactou de forma intensa, além das famílias, negócios, projetos sociais, também os projetos da educação. A carta, assim como a mensagem deixada pela Campanha da Fraternidade, convida Igrejas, Pastorais da Educação, leigos, instituições e a sociedade como um todo a lutarem pela educação, “somando forças com educadoras e educadores das redes pública, privada e confessional, reanimando nossa missão e engajando-nos com responsabilidade”.
Em abril, a Agência Senado divulgou um relatório sobre os impactos da pandemia na educação. Um deles foi a movimentação nos bancos escolares, pressionados pela queda na renda de muitos pais que precisaram remanejar seus filhos de instituições privadas para públicas, e o maior número de transferências foi registrado na faixa etária dos 5 anos.
Outro aumento foi o número de evasão escolar. Muitas crianças e adolescentes pararam de frequentar a escola por falta de condições de chegar ao local, por ter que ajudar os pais em casa e até mesmo por não ter acesso à internet, já que a pandemia exigiu essa mudança e muitos municípios demoraram para conseguir proporcionar esse acesso a todas as crianças.
O relatório também apontou uma expectativa para a melhora desses dados e os trabalhos que já começaram a ser realizados neste ano de 2022.
Fonte: CNBB, Agência Senado
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