Leia MaisO Estado laico no BrasilPensamento crítico e seguimento da Doutrina: são conciliáveis?Família é a instituição que define a forma mais essencial de sociedade humana, e surgiu juntamente com a própria Humanidade:
“...homem e mulher Ele os criou. Deus os abençoou dizendo: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos’…” (Gn1 1,27-28)
Sendo Deus mesmo uma família, Pai, Filho e Espírito Santo, que é o Amor – comunhão – entre os dois, no Seu projeto original concebeu o ser humano para uma vida sem morte física, de forma que Adão e Eva constituíssem uma imensa família para viver em infinita comunhão entre si e com Ele.
E, de fato, no Paraíso Celeste viverá uma única família, onde a humanidade, assumida na Pessoa de Jesus Cristo, comungará de modo permanente e infindável com a Santíssima Trindade. Mas, depois do Pecado Original, os planos de Salvação de Deus incluíram as vocações sacerdotais, religiosas e celibatárias, como meios efetivos de cooperação na obra divina da Redenção. Meios, e não fins em si mesmos, como também a morte física e a ressurreição carnal.
Atualmente, os aspectos mundanos e ateístas que vigoram nas sociedades humanas enfatizam os extremos da condição relacional humana, deixando de lado, ou melhor, procurando destruir e deturpar a Criação original de Deus, a família constituída por pai, mãe e filhos.
Ora exalta-se o individualismo absoluto, expresso no egoísmo apresentado como “direitos pessoais acima de qualquer coisa” e “verdades individuais”, onde cada um “pode e deve” viver para o seu próprio conforto e “realização”, decidindo por si mesmo o que é o Bem e o Mal, contrariamente àquilo estabelecido por Deus; ora apresenta a sociedade como um “ente” com uma espécie de vida própria, um organismo monstruoso que vive de devorar as suas próprias células e tecidos, indivíduos e famílias, sob diversas modalidades de estados totalitários ideologicamente constituídos no materialismo e ateísmo (explícito ou prático).
Estes dois extremos cooperam entre si, uma vez que a mentalidade de individualismo exacerbado inevitavelmente leva a confrontos inconciliáveis, e para evitá-los se faz necessário um estado de força capaz de controlar com mão de ferro a sociedade. Pois, como é óbvio, cada qual pretende impor sobre os demais, como seu “direito”, a sua particular noção de Bem e Mal, e neste processo o mais forte é que vai conseguir se impor, ainda que de modo falso, bruto e desonesto…
Assim, continua a se manifestar o mesmo pecado cometido no Paraíso Terrestre, de desobediência a Deus:
“… no dia em que dele o fruto proibido, isto é, a desobediência ao que Deus criou com perfeição, amor e bondade para o ser humano comerdes, abrir-se-vos-ão os olhos e sereis como Deus, conhecendo o Bem e o Mal”, falou o diabo a Eva (Gn 3,5).
Bem diz o ditado que o equilíbrio está no meio. Entre o endeusamento da individualidade e da comunidade, está o ponto central e desejado por Deus para o Homem, na família. Ela é a celula mater da sociedade, a Igreja doméstica, e expressão mais viva e prática do mandamento, o primeiro, de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, em função do qual são propostos todos os demais Mandamentos, relativos a diferentes aspectos dos relacionamentos humanos.
Não à toa, Jesus Se fez homem numa família, a Sagrada Família, que ansiosamente esperamos por ocasião do Natal, neste período de Advento: nela encontraremos os ensinamentos e a prática do verdadeiro Bem, da obediência amorosa a Deus, e do serviço ao próximo, unindo assim, harmoniosamente, o indivíduo à sociedade dos irmãos em Cristo, dos filhos de Deus.
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