O que vemos na sociedade contemporânea são problemáticas morais que surgem a cada dia. Leia MaisQual a relação da Igreja com os Direitos Humanos?
Focalizando em uma delas, encontramos a questão da “animalização do ser humano”, ou seja, já não nos importamos mais com o outro, enquanto nosso semelhante, mas humanizamos os animais, por exemplo: carregar cachorros em carrinho de bebês, chamar os animais de estimação de “filhos” ou “filhas”, se relacionar com o animal como a um ser humano.
Não podemos desprezar o momento crítico em que vivemos na atualidade, onde os valores morais e éticos da sociedade são colocados em xeque, e com isso a inversão de valores ocorre e acaba por deixar a sociedade mergulhada no caos.
Valores como matrimônio, família, religião, o próprio ser humano hoje é desvalorizado, colocado como um simples instrumento de empresas e de outras pessoas, fazendo com que ocorra uma “animalização” do homem e da mulher.
São inúmeros fatores que causam estes problemas. O fato é, como estamos lidando com estes problemas? A Igreja busca levar estas questões aos debates públicas, mas em muitos casos é colocada como “conservadora”, “retrógrada”, “atrasada”, entre tantos outros adjetivos pejorativos colocados à Igreja.
Aqui podemos fazer um adendo, pois aqueles que se dizem “defensores” da causa animal, “defensores” do bem-comum, “defensores” da família, da pátria e de uma sociedade “igualitária”, são os mesmos que passam diante de um morador de rua e o desprezam; são os mesmos que ao verem um pedinte em busca de comida, o chamam de ladrão e/ou de preguiçoso, negando ajuda.
A problemática da “animalização” do ser humano, vem a tona num momento em que a sociedade luta por “direitos” iguais para todos, mas não é capaz de estender a mão para o irmão e para a irmã que está na sarjeta das ruas.
Oferecer a melhor comida, o melhor acento, a melhor roupa, o melhor tratamento para um animal e esquecer daquele ser humano que está ao lado, é perder a própria humanidade, pois ao humanizar o animal, o próprio ser humano coloca-se abaixo de um cachorro, de um gato, etc.
O questionamento que surge para nós: até quando iremos tapar os olhos para estas realidades?
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