Leia MaisPecado mortal tem perdão?A Constituição Federal reza que todos somos iguais perante a lei e que os direitos e responsabilidades também devem ser iguais para todos. Mas, infelizmente, essa afirmação continua uma bonita utopia, estando longe de se tornar uma realidade. Na prática parece que “alguns são mais iguais do que os outros” e as oportunidades não são iguais para todos.
Entre nós, conforme pesquisas bem fundamentadas indicam, as pessoas de cor negra, os pardos, assim como as mulheres tem menos oportunidades no trabalho, na educação, no campo da comunicação e na vida, de uma forma geral. Na comparação das profissões, mulheres sempre são menos remuneradas que os homens, até mesmo quando exercem uma mesma profissão.
Há muitos anos criou-se a “política de quotas” na educação buscando favorecer o acesso de negros e pardos à educação de qualidade para aumentar sus chances de concorrer de igual para igual com outras categorias. Mas, essa tão discutida política de quotas ainda não surtiu o efeito desejado e as desigualdades continuam marcando nossa sociedade.
Nos partidos políticos, no Congresso Nacional ou nas repartições públicas os negros e as mulheres tem menos vantagens e na comparação com outras categorias, o seu número é sempre menor. E também no preenchimento de cargos há a política de quotas. O único espaço em que as mulheres são maioria é na Igreja, e pobres de muitas comunidades, se não fosse pela atuação da mulher!
Em certas realidades, sobretudo, no norte do Brasil, mesmo não podendo alcançar o ministério sacerdotal, as mulheres sustentam as comunidades através dos ministérios leigos. O próprio Papa Francisco reconheceu isso no contexto da discussão do Sínodo da Amazônia, chegando a aventar a possibilidade de ordenar homens casados que pudessem, tendo uma profissão, exercer também o sacerdócio, servindo as comunidades desprovidas de padres. Mas a Igreja ainda não está madura suficiente para aceitar uma mudança radical como essa!
Precisamos de políticas públicas, da boa vontade e inteligência dos empresários e dos geradores de renda para que sejam criadas soluções que possibilitem a superação dessa histórica desigualdade.
Por enquanto é só um sonho, mas esse sonho com a organização e com a somatória de esforços amanhã ou depois pode se tornar realidade!
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