Neste ano de 2025, por meio da Campanha da Fraternidade (CF), somos chamados a ampliar nossa visão sobre a fé e a vida, reconhecendo que tudo está interligado. Com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31), a CF nos recorda do apelo urgente de uma conversão ecológica integral, a partir da escuta dos clamores da Terra e dos mais vulneráveis.
A Campanha acontece em sintonia com momentos marcantes, como os 800 anos do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, e os 10 anos da encíclica Laudato Si’, escrita pelo Papa Francisco, que nos convida a compreender a ecologia integral como um caminho não apenas para a preservação ambiental, mas para a construção de um mundo mais justo, solidário e verdadeiramente cristão.
Ao falarmos de ecologia integral, não estamos tratando de uma questão externa à Igreja, como se fosse um discurso isolado ou um tema apenas social. Estamos, na verdade, mergulhando no coração do Evangelho, que nos ensina como toda criação de Deus é interdependente.
Não somos meros habitantes do planeta; somos parte dele, afinal tudo está interligado, cada ação nossa reverbera na vida do outro. A fome do próximo nos diz respeito, assim como a degradação do meio ambiente nos afeta. A injustiça social não é problema apenas de quem sofre, mas de todos nós. A ecologia integral, portanto, não é apenas sobre preservar a natureza, mas sobre reconhecer que somos natureza.
Quando negligenciamos a preservação ambiental, por exemplo, todos sofrem as consequências. O desmatamento, a poluição e o uso irresponsável dos recursos naturais contribuem para o agravamento de desastres como enchentes, secas extremas e deslizamentos de terra, que afetam especialmente os mais vulneráveis.
Segundo dados do Global Forest Watch, divulgados em junho de 2023, o planeta perdeu, em 2022, o equivalente a 11 campos de futebol de florestas por minuto, totalizando uma área comparável ao território da Suíça. O Brasil liderou esse triste ranking, sendo responsável por 43% do desmatamento global.
Dessa maneira, cuidar da criação é um ato de responsabilidade e de amor ao próximo, pois a degradação ambiental não conhece fronteiras, impactando a vida de toda a humanidade.
O Papa Francisco nos convida a sair de nossa zona de conforto, a ver as diferentes realidades que nos cercam, bem como a escutá-las. Como poderemos nos comunicar de maneira sincera e amorosa se não abrirmos nossos corações para escutar, de verdade, o clamor dos que sofrem?Leia MaisA extinção das abelhas e o papel do cristão na preservação Fraternidade e Ecologia Integral: sua missão é cuidar da águaO papel da Igreja diante do caos climático e social
Esse chamado é um exercício de conversão: libertar-se do egoísmo, dos preconceitos e da indiferença para nos conectarmos com o outro e com toda a criação de Deus. Afinal, o Evangelho não nos pede um amor abstrato e distante, mas uma vivência concreta do cuidado e da fraternidade.
A ecologia integral, portanto, não é uma pauta isolada dentro da Igreja, ela está no cerne da nossa fé e da nossa salvação. Se não formos capazes de olhar para o outro com compaixão, de enxergar a criação como um presente de Deus a ser cuidado, e de reconhecer que nossas ações impactam a vida de todos, estaremos nos afastando do verdadeiro sentido do Evangelho.
O Reino de Deus não se constrói no individualismo, mas na comunhão, e cuidar da Casa Comum, promover a justiça e a verdade, é um caminho concreto para essa construção.
A salvação não é um evento distante ou um prêmio para poucos, mas um processo que se dá aqui e agora, na forma como escolhemos viver, nos relacionar e cuidar uns dos outros. Pois, como nos ensina a fé cristã, não há amor verdadeiro sem cuidado, não há fraternidade sem escuta, e não há salvação sem compromisso com a vida em sua plenitude.
.:. Continue essa reflexão clicando aqui: Por que é tão importante falarmos sobre Ecologia?
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