Crise? Não! Não aguento mais escutar isso!
Se você pensou assim ao ler o título de nossa reflexão, não se preocupe... É totalmente compreensível que estejamos um pouco cansados deste tema, com tudo que estamos vivendo nos dias atuais, onde experimentamos uma crise sanitária, social e econômica que afeta o mundo inteiro. Porém, é importante entender que ela faz parte de nossa vida e que vamos ter que passar por ela em diversos momentos.
Dito isso, vamos entender o que é a crise.
O que é a crise?
Em 21 de dezembro de 2020, o Papa Francisco deu um discurso aos membros da cúria romana e falou sobre este tema. Vamos ver como o Papa nos explica o que é crise:
“A crise é um fenômeno que afeta tudo e todos. Presente por todo o lado e em cada período da história, envolve as ideologias, a política, a economia, a técnica, a ecologia, a religião. Trata-se de uma etapa obrigatória da história pessoal e da história social. Manifesta-se como um fato extraordinário, que provoca sempre um sentimento de trepidação, angústia, desequilíbrio e incerteza nas opções a tomar. Como lembra a raiz etimológica do verbo krino, a crise é aquele crivo que limpa o grão de trigo depois da ceifa”.
Como nos diz o Papa, a crise gera sentimentos muito difíceis. É um momento no qual muitas coisas se desestabilizam em nossa vida. Se fizermos uma pequena revisão de nossa história, poderemos ver que já passamos por muitas crises pessoais, familiares, de relacionamentos, financeiras, etc. Não é nada fácil estar em crise, mas, se sabemos ser pacientes, podemos aprender muito.
A crise é aprendizado e um tempo propício para a ação do Espírito Santo e para confiar na providência de Deus. Nas Sagradas Escrituras, podemos ver muitos personagens bíblicos passando por períodos de crise. E o Papa Francisco nos alenta a ver o exemplo de Abraão:
"A crise de Abraão, que deixa a sua terra (Gn 12, 1-2) e vive a grande prova de ter de sacrificar o seu único filho (Gn 22, 1-19), é resolvida, do ponto de vista teologal, com o nascimento de um novo povo. Mas este nascimento não poupa Abraão de viver um drama onde a confusão e a desorientação só não prevaleceram graças à fortaleza da sua fé".
Assim como Abraão, existem muitos outros personagens que, como nós, passaram por situações muito difíceis e aprenderam a ver nelas um momento para crescer na fé, na confiança em Deus, na paciência, na resiliência, na esperança, no amor e no sacrifício. E podemos dizer isto porque, ao superar as dificuldades, por mais complexas que elas sejam, crescemos e nos fortalecemos.
Este é o grande aprendizado da crise: crescer e amadurecer, aumentando nossa relação de confiança e amor com Deus, que nos ampara quando nos sentimos frágeis e cansados.
Para terminar, Francisco nos dá um conselho para viver os tempos de crise:
"Antes de mais nada, aceitá-la como um tempo de graça que nos foi dado para compreender a vontade de Deus sobre cada um de nós (...) O ponto fundamental é não interromper o diálogo com Deus, mesmo que seja cansativo. Rezar não é fácil. Não devemos cansar-nos de rezar sempre (cf. Lc 21, 36; 1 Ts 5, 17). Se não conhecemos outra solução para os problemas que estamos vivendo, então devemos rezar mais e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que nos for possível com mais confiança. A oração nos permite ter «esperança, para além do que se pode esperar" (Rm 4, 18).
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