Leia MaisO nascimento de Cristo é a festa da compaixão, a festa da ternuraPapa divulga texto sobre Dia Mundial da Paz e pede diálogo, educação e trabalhoPapa: “Alegria de Jesus é o 1º ato de caridade ao próximo”Você já ouviu falar em “evangelização da cultura”?
A expressão não é tão antiga. Aparece pela primeira vez na Evangelii nuntiandi do Papa São Paulo VI, exortação apostólica escrita há mais de 50 anos. Depois, nos documentos da Conferência de Puebla, do Episcopado latino-americano, encontramos todo um desenvolvimento do conceito, no qual aqui nos inspiramos um pouco.
Quiçá o mais simples seja partir do que a “evangelização da cultura” não é.
Ela não implica uma dedicação ao “ativismo cultural”, entendido como a promoção de um determinado tipo de atividades que são vistas como “culturais”, e que são acessíveis apenas a pessoas que consideramos “cultas”, que possuem uma formação privilegiada, e não ao comum dos mortais.
Não se trata disso apenas, mas o inclui.
A expressão “evangelização da cultura” responde à situação de toda pessoa humana, pois não existe homem ou mulher fora da cultura. E o que é a cultura? A cultura é a casa do homem, o conjunto de valores, maneiras de pensar, virtudes e defeitos, costumes, que existem em primeiro lugar dentro do próprio homem, mas que se manifestam materialmente, na arquitetura, na arte, na política, no direito, na educação, nas formas de convivência, na linguagem, no trabalho, no lazer, no esporte.
“Evangelizar a cultura” implica então levar a mensagem do Senhor Jesus a todos esses âmbitos. Ou como dizia São Paulo VI: transformar com a força do Evangelho tudo o que se encontra em contraste com a mensagem do Evangelho. Isto implica não só extensão, mas também profundidade, pois não há propriamente evangelização quando ficamos na superfície. O Evangelho deve transformar o coração das pessoas, onde está a raiz de todos os critérios de juízo, as formas de comportamento, as escalas de valores que todos possuímos, ainda que não totalmente explicitadas.
O ideal da “evangelização da cultura” responde a um drama muito concreto, que não é alheio a nenhum de nós, homens e mulheres do século XXI: o da ruptura entre a Fé e a vida, entre o que acreditamos e o que praticamos. Como São Paulo, podemos dizer que muitas vezes “não praticamos o bem que amamos, e praticamos o mal que aborrecemos”.
Como católicos comprometidos com a Igreja, que acreditam que em Cristo se encontra a resposta para o ser humano, para todo o seu drama e para todas as suas interrogantes, a evangelização da cultura não pode desaparecer do horizonte. É uma tarefa grandiosa, mas que começa pelas pequenas coisas. Em primeiro lugar, pela oração, pela participação na Liturgia da Igreja, que é a fonte e o cume da vida cristã.
Enraizados no Batismo e na Eucaristia, renovados constantemente no perdão e na misericórdia que recebemos na Confissão, tudo o que fizermos, a nossa vida doméstica, o nosso trabalho, a nossa participação na política, a nossa arte e a nossa música, poderão expressar de maneira orgânica aquilo que acreditamos.
O início de tudo, porém, se encontra na conversão do coração. No abrir as nossas feridas e as nossas dores à graça divina que é capaz de transfigurá-las. Então como Pedro e os demais apóstolos e santos que nos precederam, poderemos dizer aos nossos irmãos: “o que eu tenho eu te dou, em nome de Cristo, caminha”, pois “o que de graça recebemos de graça o damos”.
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