Desde o começo o Senhor Jesus reuniu seus seguidores em grupos e os formou para viver a experiência comunitária, de associação, de modo a trabalhar como fiéis cristãos, católicos.
Leia MaisA Nova Evangelização hoje2022 e suas perspectivasPor que não desanimar?As paróquias costumam ser uma divisão territorial de uma diocese, uma específica comunidade de fiéis sob a guia e cuidados pastorais de um sacerdote (pároco), o qual recebe esta tarefa do Bispo diocesano por um certo período de tempo. Junto com as paróquias, encontramos as Congregações religiosas, também chamadas hoje de Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica. Todas elas estabelecem certas normas de como viver a vida cristã e trabalhar na evangelização. Algumas destas são de caráter mais contemplativo, outras de carácter mais apostólico. Também, nas últimas décadas, apareceram novas realidades eclesiais, impulsionadas pelo Concílio Vaticano II; estas são chamadas de movimentos eclesiais e novas comunidades.
São João Paulo II e Bento XVI, não só durante os seus pontificados, mas desde antes, promoveram os movimentos eclesiais e as novas comunidades.
São João Paulo II, ao longo de seu pontificado, ofereceu importantes orientações para estas realidades eclesiais, sobre sua vida e missão para o Terceiro Milênio. Podemos lembrar suas palavras no Discurso no Encontro com os Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades, em 1998: “Os movimentos eclesiais e as novas comunidades são a resposta, suscitada pelo Espírito Santo, a este dramático desafio do final de milênio”.
Enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger inaugurou, a 27 de maio de 1998, o primeiro Congresso Mundial dos movimentos eclesiais, convocado por João Paulo II. Neste Congresso, o então cardeal Ratzinger disse que na história “existem as sempre novas irrupções do Espírito Santo que continuamente revitalizam e renovam a estrutura da Igreja”.
Se bem que, penso eu, estas novas realidades – movimentos e novas comunidades – fazem parte de um florescimento singularmente fecundo de novas formas de vida associada que o Espírito Santo suscitou na Igreja nos últimos tempos, eles ainda estão sendo chamados a um tempo de amadurecimento, plasmando seus objetivos e serviços de maneira particular dentro da comunhão eclesial.
Os fiéis de qualquer estado de vida que participem ativamente da vida paroquial, de um movimento eclesial ou de uma nova comunidade estão chamados pessoalmente por Deus a viver a vida de Cristo (ser cristão), na Igreja. Dentro de uma diocese, o desafio é articular os diversos carismas destas realidades para a unificação do Corpo de Cristo. A Sagrada Escritura ilumina esta realidade e nos convida a viver a comunhão, integração, unidade e sinodalidade, pelo bem da construção do Reino de Deus: “Há diversidade de dons, mas um só Espírito” (1 Cor 12,5); “Onde estão dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt. 18,20).
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