Medo de relacionar-se e se machucar, insegurança em relação aos outros, dúvidas sobre o relacionamento entre mãe e filho, depressão e tentativa de suicídio. São muitas as preocupações que a vida moderna nos impõe.
O Redação A12 ao vivo trouxe o psicólogo Carlos Soares, que é especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental e também atua como voluntário em alguns projetos sociais, para nos ajudar a lidar melhor com todas essas emoções.
Sibelly – via Youtube A12
"Sofri muito em relacionamentos. Tenho medo de ser machucada. Como superar isso?"
O psicólogo diz que cada relacionamento é único, assim como cada pessoa na relação. "Quando os episódios de sofrimento passam a ser repetitivos, é necessário que a pessoa identifique a forma como lida com esses sofrimentos. Cada um tem sua maneira de pensar e, por isso, é necessário conversar e estabelecer uma 'política' para este relacionamento, de forma que ambos saibam o que fazer com as emoções geradas em determinadas situações do relacionamento".
Nayelle - via Redação A12
"Já tentei o suicídio. Eu não queria acabar com minha vida, mesmo sabendo que o fim seria esse. Eu queria mesmo era dar o fim ao meu sofrimento. Movida pelo desgosto da traição, tomei vários remédios fortes e apaguei. Os médicos tentaram me reanimar inúmeras vezes, em vão. Foi quando Deus resolveu me dar mais uma chance de viver. Hoje quando penso nisso, eu começo a lutar contra mim mesma. E não sei ate quando vou conseguir viver".
Sobre este tema, Carlos explica que o desejo de cometer suicídio não é a vontade de acabar com a própria vida, mas sim a vontade de acabar com a dor. "É um sentimento que esgota, a ponto de a pessoa não conseguir mais pensar em nada diferente daquela dor. É um transbordamento. Quando a pessoa não consegue ver outra saída, ela busca esse caminho como forma de amenizar o que está sentindo. No caso da traição, a tendência é que nos sintamos culpados, mas é necessário ter a consciência de que não foi o traído quem errou, mas sim quem traiu. Nesse sentido, é importante buscar ajuda profissional para encontrar mecanismos para solucionar o problema e seguir adiante".
Mariana - via Jornal Santuário
"A insegurança me atrapalha na faculdade, não consigo fazer os trabalhos, não consigo apresentar, e no meu emprego também não consigo me posicionar. Estou muito frustrada".
O psicólogo explica que a insegurança gera ansiedade, e essa ansiedade é quem ocasiona bloqueios. "É uma espécie de 'mecanismo de defesa' que o organismo gera, de forma que o organismo sinta que não irá passar pelo perigo que teme passar". Ele também diz que é importante identificar o gatilho dessa ansiedade, de modo a encontrar formas de solucionar. Para isso, também recomenda buscar ajuda profissional.
:: É possível vencer a insegurança?
Maria – via Facebook A12
"Como controlar a raiva?"
Soares afirma que o que importa é o que tenho dentro de mim. "Todas as vezes em que estiver diante de um embate, o ideal é não se desgastar", é ter a consciência de que nem sempre as pessoas são capazes de entrar em consenso. A raiva, segundo o psicólogo, acontece quando, justamente, as pessoas não conseguem entrar em um acordo. Nesse sentido, o mais importante é respirar fundo e concentrar suas energias em outras atividades, até que seja possível dialogar novamente, de forma mais racional.
:: Tenho vontade de quebrar tudo!
Aline - via Jornal Santuário
"Não consigo fazer amizades, no meu trabalho faço tudo errado. Não sei porque sou assim. Sinto que as pessoas não gostam de mim de verdade".
O psicólogo esclarece que, em geral, este tipo de pensamento não se faz verdade para as outras pessoas, mas sim, é um processo interno de uma pessoa com um nível maior de insegurança. Nesse caso, ele salienta que identificar as razões dessa insegurança é o primeiro passo para superá-la. "Buscar ser o que se é, sem tentar alcançar uma imagem supostamente perfeita, traz uma carga não saudável sobre a vida. Isso pode nos levar a errar ainda mais", diz.
:: Faço tudo errado!
:: O que fazer com a autoestima baixa?
Célia Joana - via Redação A12
"Como ser uma mãe melhor? Pois me sinto distante, pareço não conhecer bem meus filhos e não fazer falta".
Carlos afirma que ser uma mãe presente, dar carinho é importante. "Os filhos não precisam de muito. Estar presente, buscar entender os filhos, ser aquela mão amiga, saber ouvir os filhos e, principalmente, dedicar um tempo a eles já é um grande passo. E isso não só com os filhos, mas dos outros familiares e amigos também", explica. Ele também alerta para que não se entre em "modo automático", para que os filhos também não sintam necessidade de buscar outras atividades para suprir a ausência da mãe.
Confira abaixo a íntegra do bate-papo:
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