Mês de outubro – mês de Maria. Podemos descrever a devoção Mariana como uma aliança de amor. É amar a pessoa de Maria e deixar espaço para que Ela possa nos amar nas circunstâncias concretas de vida e, especialmente, nos momentos difíceis de nossas vidas pessoais, comunitárias e apostólicas. Maria é sempre fiel em cumprir essa aliança de amor. Só falta nossa devoção mariana e fé.
Infelizmente, a devoção a Maria, por séculos, somente frisou o extraordinário. Praticamente divinizou Maria. O primeiro passo na devoção mariana é acolher Maria como uma mulher – Ela é totalmente feminina – ela foi uma esposa, foi dona de casa – e Ela é, não a fonte, mas a intercessora da graça Divina. Mas, sobretudo, Maria é Mãe e nossa Mãe do Perpétuo Socorro. A devoção mariana quer criar uma amizade mútua com uma mulher adulta e apaixonada por Deus, como Ela aparece nas Escrituras.
A Mãe de Deus é apresentada na Bíblia como uma participante ativa e livre na história de salvação. É uma mulher com os dois pés no chão, que, livremente, fez opções livres, importantes e até dolorosas (“uma espada vai transpassar seu coração”). Ela sempre foi livre para obedecer. Maria deve aparecer como Ela foi nos Evangelhos, isto é, como uma mulher obediente que participou na história da salvação, que assumiu um compromisso com a salvação do mundo através da missão salvadora de seu filho Jesus.
Leia MaisComo Maria cooperou no plano da salvação?Por que Jesus chamava Maria de Mulher?O Concílio Vaticano II apresentou Maria como uma mulher de grande intimidade com a Trindade. Uma mulher de oração e de contemplação – “cheia de graça”. Os Padres conciliares do Vaticano ll descreveram Maria como uma mulher de intimidade com cada pessoa da Trindade: Ela foi “a predileta do Pai; o sacrário do Espírito Santo e, sobretudo, a Mãe do Redentor”. (Doc. Lumem Gentium). Por isso, toda devoção Mariana sempre deve terminar em Jesus, nosso único Salvador.
A missão de Maria e a inspiração atrás de nossas devoções marianas foram indicadas através dos três apelidos usados pelos Padres Conciliares a respeito de Maria. Chamaram Maria de: “advogada – auxiliadora – e medianeira” (Lumem Gentium). Maria não é divina, nem uma substituta de Deus, mas alguém que intercede por nós (advogada); que cuida de nós (auxiliadora) e que busca a salvação de todos através de seu filho Jesus (medianeira de todas as graças que vêm de Deus).
Que especialmente nós, Redentoristas, primeiro vivamos essa devoção mariana, para que possamos comunica-la ao povo simples de Deus!
Para Meditar:
Constituição 32: “Tomem a Bem-Aventurada Virgem como modelo e ajuda. Ela que, caminhado na fé e abraçando de todo o coração a vontade salvífica de Deus, como serva do Senhor, dedicou-se totalmente à pessoa e à obra de seu filho (.....) De acordo com a tradição alfonsiana, todos os confrades diariamente honrarão a Bem-aventurada Virgem”.
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