Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 31 AGO 2020 - 09H02

5 maneiras de atirar os ídolos pela janela, segundo o Papa Francisco


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Em agosto de 2018, em uma de suas tradicionais catequeses com os fiéis, o Papa Francisco dedicou uma reflexão sobre à idolatria, explicando toda a sua dinâmica, e convidando-nos a tirar os ídolos de nossa vida e a jogá-los pela janela.

E quais pontos mais chamam atenção no discurso do Santo Padre, que ainda permanece tão atual?

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1º A Idolatria é um tema atemporal. "Não terás outros deuses diante de mim". A passagem do Livro do Êxodo foi o ponto de partida para a catequese de Francisco sobre a idolatria, um tema sobre o qual “se deve insistir”, pois “é de grande importância e atualidade”. “Estamos falando de uma tendência humana que não poupa crentes, nem ateus”, explica o Pontífice.

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2º Idolatrias que não servem. “Eu pergunto a vocês. Quantos de vocês foram ler as cartas para ver o futuro? Quantos de vocês, por exemplo, foram ler as mãos para ver o futuro, ao invés de rezar ao Senhor?. Esta é a diferença. O Senhor é vivo, os outros são ídolos, e idolatrias que não servem”, enfatiza Francisco.

3º A dinâmica da idolatria. O Papa então passa a explicar como se desenvolve uma idolatria. A palavra "ídolo", em grego deriva do verbo "ver". Um ídolo é uma "visão" que tende a se tornar uma fixação, uma obsessão. O ídolo é uma projeção de si mesmo em objetos ou projetos.

Leia MaisCinco vezes em que o Papa Francisco reagiu ao abortoO Santo Padre exemplifica:

“Pela carreira – fale com um carreirista – se sacrificam seus filhos, negligenciando-os ou simplesmente não os gerando; a beleza exige sacrifícios humanos.

Quantas horas diante do espelho, alguém, alguma mulher gasta para maquiar-se. Esta também é uma idolatria. Mas não é mau maquiar-se. Mas, normalmente, não para tornar-se uma deusa.

A beleza pede sacrifícios humanos. A fama exige a imolação de si mesmos, da própria inocência e da autenticidade. Os ídolos pedem sangue. O dinheiro rouba a vida e o prazer leva à solidão. As estruturas econômicas sacrificam vidas humanas por lucros maiores”. E o Papa pensa nas tantas pessoas sem trabalho, muitas vezes porque o empreendedor de uma empresa decidiu despedir as pessoas para ganhar mais dinheiro, “o ídolo do dinheiro”.

4º Escravidão instalada. Ídolos escravizam. Para o Papa, eles prometem felicidade, mas não a dão; e nos encontramos vivendo para aquela coisa ou para aquela visão, presos em um vórtice autodestrutivo, esperando por um resultado que não chega nunca”.

Os ídolos prometem vida, mas na realidade eles a tiram. O Deus verdadeiro não tira vida, mas a dá. O Deus verdadeiro não oferece uma projeção do nosso sucesso, mas ensina a amar. O Deus verdadeiro não pede filhos, mas dá seu Filho por nós. Os ídolos projetam hipóteses futuras e fazem desprezar o presente; o Deus verdadeiro ensina a viver na realidade de cada dia, concreto, não com ilusões sobre o futuro. A concretude do Deus verdadeiro contra a liquidez dos ídolos”.

E o Santo Padre pergunta: “Eu convido vocês a pensar hoje: quantos ídolos eu tenho ou qual é o meu ídolo preferido? Pois reconhecer as próprias idolatrias é reconhecer a graça. De fato, o amor é incompatível com a idolatria: se algo se torna absoluto e intocável, então é mais importante do que um cônjuge, de um filho, ou de uma amizade. O apego a um objeto ou a uma ideia nos deixa cegos para o amor”.

5º Jogue ídolos pela janela. Francisco Finaliza citando pontos importantes, como por exemplo:

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Ídolos nos roubam o amor;

Nos tornam cegos ao amor;

Para amar verdadeiramente, é preciso ser livres de todos os ídolos;

Qual é o meu ídolo?

Tire-o e jogue-o pela janela.

Fonte: Vatican News

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