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Santo Padre

A Palavra de Deus guia o Sínodo, para que não seja uma convenção eclesial, diz Papa

Escrito por Redação A12

11 OUT 2021 - 09H47 (Atualizada em 12 OUT 2021 - 16H50)

O Santo Padre Papa Francisco presidiu a Santa Missa na Basílica Vaticana, com a presença de leigos, religiosos, sacerdotes, bispos e cardeais que participam do processo que culminará em Roma, daqui dois anos, com o Sínodo dos Bispos, sobre o tema da sinodalidade.

Encontrar, escutar e discernir foram os verbos indicados pelo Papa Francisco em sua homilia de abertura.

Leia Mais'Sinodalidade' será tema do Sínodo dos Bispos em 2022 Francisco se inspirou no Evangelho deste domingo (10), que apresenta um homem rico que foi ao encontro de Jesus enquanto o Mestre se punha a caminho. "Jesus não tinha pressa, não olhava o relógio para acabar rápido o encontro. Estava sempre a serviço da pessoa que encontrava, para ouvi-la."

"Deus não habita em lugares assépticos e pacatos, distantes da realidade, mas caminha conosco", disse o Papa, que então pergunta: Nós, comunidade cristã, encarnamos o estilo de Deus, que caminha na história e partilha as vicissitudes da humanidade?”.

O Evangelho começa narrando um encontro, ao qual Jesus não fica indiferente. Também nós, que iniciamos este caminho, somos chamados a tornar-nos peritos na arte do encontro; peritos, não na organização de eventos, mas na reserva de um tempo para encontrar o Senhor e favorecer o encontro entre nós. “Deus muda tudo quando somos capazes de encontros verdadeiros com Ele e entre nós... sem formalismos nem fingimentos, nem maquiagens", pontua Francisco.

Depois do encontro, o passo sucessivo é escutar. E mais uma vez Francisco se dirige à assembleia:

“Como estamos quanto à escuta? Como está o ouvido do nosso coração? Permitimos que as pessoas se expressem? Fazer Sínodo é colocar-se no mesmo caminho do Verbo feito homem: é seguir as suas pisadas, escutando a sua Palavra juntamente com as palavras dos outros. É descobrir, maravilhados, que o Espírito Santo sopra de modo sempre surpreendente para sugerir percursos e linguagens novos.”

Por fim, o Papa explica o discernir: O encontro e a escuta recíproca, não são um fim em si mesmos, deixando as coisas como estão. “Pelo contrário, quando entramos em diálogo, no fim já não somos os mesmos de antes, mudamos, como indica o Evangelho de hoje. Jesus intui que o homem à sua frente é bom, mas quer conduzi-lo para além da simples observância dos preceitos - uma indicação preciosa também para nós. O Sínodo é um caminho de discernimento espiritual, que se faz na adoração, na oração, em contato com a Palavra de Deus.

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Dento deste contexto, o Santo Padre também explica que a Palavra guia o Sínodo, para que não seja uma "convenção" eclesial, um convênio de estudos ou um congresso político, mas um evento de graça, um processo de cura conduzido pelo Espírito Santo. “Assim como fez com o homem rico do Evangelho, Jesus chama a Igreja a libertar-nos daquilo que é mundano e também dos fechamentos e dos modelos pastorais repetitivos, para interrogar-se a direção para onde Ele quer conduzir".

Para finalizar o Pontífice manifestou a seguinte mensagem:

“Queridos irmãos e irmãs, bom caminho em conjunto! Sejamos peregrinos enamorados do Evangelho, abertos às surpresas do Espírito Santo. Não percamos as ocasiões de graça do encontro, da escuta recíproca, do discernimento. Com a alegria de saber que, enquanto procuramos o Senhor, é Ele quem primeiro vem ao nosso encontro com o seu amor”.

Fonte: Vatican News

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