Neste domingo (01), reunido aos fiéis e peregrinos na tradicional oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, o Papa refletiu o Evangelho do dia (Mc 7, 14–15) que aborda o ensinamento de Jesus sobre o que realmente contamina o ser humano.
Jesus explica que não é aquilo que entra no corpo, como os alimentos, que pode tornar alguém impuro, mas sim o que sai de dentro da pessoa, ou seja, seus pensamentos, palavras e ações.
Alguns escribas e fariseus, obcecados, rigorosos observadores destas normas, acusam Jesus de permitir que os seus discípulos de comer sem lavar as mãos. E Jesus aproveita essa repreensão dos fariseus aos seus discípulos para falar-nos do significado da “pureza”. A pureza — diz Jesus — não está ligada a ritos externos, mas antes de tudo está ligada a disposições internas, disposições interiores. Papa Francisco.
Em outras palavras, não adianta lavar as mãos várias vezes se, por dentro, o coração está cheio de ganância, inveja, orgulho, ou com intenções ruins como enganar, roubar, trair ou falar mal dos outros.
Jesus chama a atenção para o risco do ritualismo, que, ao invés de promover o bem, pode acabar fazendo com que ignoremos ou até justifiquemos atitudes e comportamentos que vão contra a caridade, prejudicando nossa alma e fechando nosso coração.
O Papa aplica essa realidade aos dias de hoje, ressaltando pontos que também podem nos afetar diretamente:
“Não se pode, por exemplo, sair da Santa Missa e, já no adro da igreja, parar para fazer comentários malévolos e desprovidos de misericórdia sobre tudo e todos.
Aquele falatório que arruína o coração, que arruína a alma. E não pode isso! Vais à Missa e depois, na entrada, faz essas coisas, é uma coisa feia. Ou mostrar-se piedosos na oração, mas depois, em casa, tratar com frieza e distância os próprios familiares ou negligenciar os pais idosos, que precisam de ajuda e companhia. Esta é uma vida dupla e não pode ser.
E isto é o que faziam os fariseus: A pureza externa, sem as atitudes boas, atitudes misericordiosas com os outros. Não se pode ser aparentemente muito corretos com todos, e, quem sabe, mesmo fazendo um pouco de voluntariado e algum gesto filantrópico, mas depois, por dentro, [ficar] cultivando o ódio pelos outros, desprezando os pobres e os últimos ou comportando-se desonestamente no próprio trabalho.”
“Ao fazermos isso” — observa Francisco — “A relação com Deus fica reduzida a gestos externos, e internamente permanecemos impermeáveis à ação purificadora da sua graça, entregando-nos a pensamentos, mensagens e comportamentos desprovidos de amor. Nós fomos feitos para outra coisa, fomos feitos para a pureza de vida, para a ternura, para o amor”.
Ao final, o Papa sugere que nos perguntemos:
“Vivo a minha fé de forma coerente, isto é, aquilo que faço na Igreja, busco com o mesmo espírito fazer fora? Com os sentimentos, com as palavras e com as obras, concretizo na proximidade e no respeito aos meus irmãos, o que digo na oração? Pensemos nisso!”
Nessa reflexão durante o Angelus, o Papa Francisco nos ensina a viver a fé de forma verdadeira, ou seja, que nossas ações, palavras e sentimentos estejam em sintonia com o que fazemos na Igreja, na vida e nas orações. Ele lembra que a pureza real não vem de rituais, mas das intenções do nosso coração.
O Papa nos alerta contra a hipocrisia de aparentar piedade enquanto mantemos sentimentos e atitudes negativas. Ele nos convida a refletir se estamos realmente vivendo nossa fé, buscando expressar o amor e o respeito pelos outros em todas as áreas da nossa vida.
Fonte: Vatican News
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