Mesmo enfrentando limitações de saúde, o Papa Francisco, que nos deixou nesta segunda-feira (21), marcou presença em momentos-chave da Semana Santa 2025 no Vaticano.
A fragilidade causada por uma pneumonia bilateral deixou incerta sua participação, levando à nomeação dos cardeais Comastri e Re para presidirem a Vigília Pascal e a Missa de Páscoa. Ainda assim, a espiritualidade do Papa se fez presente, com mensagens fortes e gestos que tocaram os fiéis.
Presença breve, mas marcante no Domingo de Ramos
No Domingo de Ramos (13), o Papa saudou os fiéis da Praça de São Pedro, apesar de não presidir a celebração. Sua presença breve emocionou quem acompanhava. A homilia do cardeal Leonardo Sandri propôs um olhar sensível à dor do outro, recordando Simão de Cirene:
“A cruz de Jesus torna-se a cruz de Simão. Quantos cireneus carregam a cruz de Cristo? Somos capazes de reconhecê-los?”
Visita surpresa à prisão
Na Quinta-feira Santa, o Papa visitou a prisão Regina Coeli, em Roma. Ele permaneceu cerca de meia hora com 70 detentos, levando palavras de esperança. Este ano, devido à sua saúde fragilizada, não foi possível realizar o rito do lava-pés com os presos, como em anos anteriores.
Missa do Crisma
Na Missa do Crisma, a homilia escrita por Francisco foi lida pelo cardeal Calcagno. Ele refletiu sobre o ministério sacerdotal, com destaque para a relação com a Palavra de Deus:
“As Escrituras são a sua casa. Aqui está o terreno, o húmus vital que encontramos ao tornarmo-nos seus discípulos.”
Em outro momento forte da mensagem, o Papa destaca:
“Estamos aqui reunidos para repetir e assumir como nosso este ‘Sim, Amém!’ (...) A paixão, morte e ressurreição de Jesus são o terreno que sustenta firmemente a Igreja.”
Ceia do Senhor e Lava-pés
O cardeal Mauro Gambetti presidiu a missa da Ceia do Senhor, incluindo o rito do Lava-pés. Ele recordou que, mesmo diante de perseguições e dores, Jesus desejava manter vínculos profundos com os seus:
“Jesus deseja ardentemente alimentar a intimidade, a familiaridade do lar, a amizade do cenáculo, a fraternidade da assembleia eclesial.”
Paixão do Senhor
Na Sexta-feira Santa, dom Claudio Gugerotti conduziu a celebração da Paixão do Senhor. Frei Roberto Pasolini, pregador da Casa Pontifícia, destacou o amor radical de Cristo:
“No centro do Tríduo Pascal pulsa um coração, o da Sexta-feira Santa (...) a liturgia convida nossos sentidos a se sintonizarem com os tons intensos e dramáticos do maior amor.”
Via-Sacra no Coliseu
Conduzida pelo cardeal Baldo Reina, a Via-Sacra foi acompanhada por milhares de fiéis. As meditações preparadas pelo Papa Francisco exaltaram o poder reconciliador da cruz:
“Sua cruz derruba os muros, cancela as dívidas, anula as sentenças, estabelece a reconciliação.”
Francisco ainda recordou que o caminho de Jesus é um mergulho de amor no mundo:
“Despojado de suas vestes, revela-se íntimo até mesmo para quem o destrói (...) demonstra querer salvar todos, todos, todos.”
Última mensagem pascal
Na manhã de domingo (20), Francisco apareceu pela última vez na sacada central da Basílica de São Pedro para dar a bênção Urbi et Orbi.
Em sua derradeira mensagem de Páscoa, convidou os cristãos a serem testemunhas do Ressuscitado:
“Deixemo-nos vencer pela paz de Cristo! A paz é possível, a paz é um dever, a paz é a responsabilidade primária de todos!”
Mesmo sem celebrar diretamente todos os ritos, o Papa tocou os corações pela profundidade de suas palavras e gestos. A Semana Santa de 2025 no Vaticano deixou claro que, mesmo na fraqueza física, o coração de Francisco seguia firme no Evangelho.
No dia seguinte, segunda-feira, 21 de abril, às 7h35, o Papa Francisco retornou à casa do Pai, deixando à Igreja um testemunho inesquecível de esperança.
colaborou: Luciana Gianesini
Fonte: Vatican News
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