A oração mariana do Angelus rezada pelo Papa Francisco neste domingo (10) abordou o tema da morte e da ressurreição. O Santo Padre frisou que a vida terrena não é referência para a vida futura.
“Esta vida não é referência para a eternidade, para a outra vida que nos espera, mas é a eternidade que ilumina e dá esperança à vida terrena de cada um de nós! Se olharmos apenas com os olhos humanos, tendemos a dizer que o caminho do homem vai da vida para a morte”, frisou o pontífice.
A reflexão foi motivada a partir da liturgia dominical que trazia o episódio do encontro de Jesus com os saduceus, que negavam a ressurreição, e para colocá-lo em dificuldade e ridicularizar a fé na ressurreição dos mortos, o questionaram sobre o caso da mulher que se casou sucessivamente com sete irmãos.
“Uma mulher tinha tido sete maridos, mortos um após o outro. Os saduceus perguntam a Jesus: De quem a mulher será esposa depois de sua morte? Jesus, sempre manso e paciente, primeiro responde que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros que a vida terrena. A vida eterna é outra vida, numa outra dimensão em que não haverá matrimônio, que está ligado à nossa existência neste mundo. Os ressuscitados, disse Jesus, serão como anjos e viverão num estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem imaginar”, destacou o Papa comentando o Evangelho de Lucas 20, 27-38.
A respeito desse questionamento, Papa Francisco frisa a aliança que Deus fez com o homem:
“É por isso que Jesus afirma: Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele. Esta é uma ligação decisiva, a aliança fundamental, aliança com Jesus. Ele é a Aliança. Ele é a vida e a ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a morte. Em Jesus, Deus nos doa a vida eterna, doa a todos, e todos graças a Ele possuem a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples embelezamento desta atual: ela supera a nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o seu amor e sua misericórdia”. E completa: “Esta vida não é referência para a eternidade, para a outra vida que nos espera, mas é a eternidade que ilumina e dá esperança à vida terrena de cada um de nós! Se olharmos apenas com os olhos humanos, tendemos a dizer que o caminho do homem vai da vida para a morte”.
“Jesus inverte essa visão e afirma que a nossa peregrinação vai da morte para a vida: a vida plena! Nós estamos em caminho, em peregrinação para a vida plena e essa vida plena ilumina o nosso caminho! A morte está atrás, não diante de nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, está a derrota definitiva do pecado e da morte, o início de um novo tempo de alegria e de luz infinita. Mas mesmo nesta terra, na oração, nos sacramentos e na fraternidade, encontramos Jesus e seu amor, e assim podemos saborear algo da vida eterna. A experiência que fazemos de seu amor e sua fidelidade se acendem como um fogo em nosso coração e aumenta a nossa fé na ressurreição. Se Deus é fiel e ama não pode ser a tempo limitado. Ele sempre é fiel, segundo o seu tempo, que é a eternidade,” concluiu o Santo Padre.
Oração do Papa pelas vítimas do tufão ‘Haiyan’
Após a conclusão da oração do Angelus, Papa Francisco rezou pelas vítimas do tufão ‘Haiyan’ que devastou a região central das Filipinas na última sexta-feira (8).
“Infelizmente, as vítimas são muitas e enormes os danos”, lamentou o pontífice.
O Santo Padre pediu aos fiéis que estavam na Praça de São Pedro um minuto de silêncio. Em seguida, todos rezaram uma Ave Maria. “Rezemos por esses nossos irmãos e irmãs e façamos chegar a eles a nossa ajuda concreta”, pediu Francisco.
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