Santo Padre

É comum não haver documento papal para encerrar o Sínodo?

Papa Francisco não fará exortações apostólicas, e sim incorporar o Documento Final

Escrito por Redação A12

28 OUT 2024 - 10H39 (Atualizada em 28 OUT 2024 - 11H50)

Nathalia Oliveira/A12

Uma das novidades do Sínodo sobre Sinodalidade aconteceu durante o discurso de encerramento do Papa Francisco aos participantes no sábado (26) ao anunciar que não publicaria uma exortação apostólica pós-sinodal, mas que assinaria o Documento Final produzido pelos 356 membros votantes do Sínodo, integrando-o diretamente ao seu magistério.

“À luz do que emergiu da jornada sinodal, há e haverá decisões a serem tomadas”, afirmou o Santo Padre. “Já há indicações altamente concretas no Documento que podem ser um guia para a missão das Igrejas, em seus continentes e contextos específicos. É por isso que o estou disponibilizando imediatamente a todos”. 

É comum não ser feita uma Exortação pós-Sínodo?

Um documento que seja imediatamente “aprovado” por um Papa e que faça parte do seu magistério ordinário está previsto na Constituição Apostólica Episcopalis communioÉ esperado que, no final de um Sínodo, os Pontífices elaboram um texto baseado nas reflexões levantadas pelos padres sinodais: uma exortação com um conjunto de encorajamentos e recomendações.

Exemplos desses documentos incluem Verbum Domini, a exortação apostólica pós-sinodal de Bento XVI de 2010, após o sínodo sobre a Palavra de Deus, ou a Familiaris Consortio de São João Paulo II, após o sínodo de 1980 sobre a família.

Há pelo menos um precedente: o segundo Sínodo, realizado em Roma entre 30 de setembro e 6 de novembro de 1971, dedicado ao sacerdócio ministerial e à justiça no mundo, o Papa Paulo VI decidiu incorporar o Documento Final ao seu ministério.

Ao anunciar que não haveria documento papal pós-sinodal, Francisco disse: “Desejo reconhecer o valor da jornada sinodal realizada, que por meio deste Documento entrego ao santo povo fiel de Deus”.

O Santo Padre destacou também que os dez grupos de trabalho que ele criou para focar em temas específicos continuarão a “trabalhar com liberdade” até junho de 2025. Da mesma forma, em certos assuntos incluídos no Documento Final, ele disse que “é necessário mais tempo para chegar a decisões que envolvam toda a Igreja”. 

“Esta não é a maneira clássica de adiar decisões indefinidamente, é a maneira que corresponde ao estilo sinodal com o qual também o ministério petrino deve ser exercido: ouvindo, convocando, discernindo, decidindo e avaliando.”

:: Papa Francisco discursa sobre o Documento Final do Sínodo

Fonte: Aleteia

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