Assim como os devotos da Mãe Aparecida todos os anos lotam a Capital Mariana da Fé, as pessoas vêm aos Santuários para rezar, para ganhar confiança no futuro e, acima de tudo, para serem consoladas dos fardos, dores e preocupações que muitas vezes pesam sobre o corpo e o espírito.
Reitores e trabalhadores de santuários em todo o mundo se reuniram com o Papa Francisco no último sábado (11), no encerramento do 2º Encontro Internacional, realizado na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Os participantes estiveram reunidos desde o dia 9, pela iniciativa, desejada e dirigida por Dom Rino Fisichella e organizada pelo Dicastério para a Evangelização, com o tema "O Santuário: casa de oração", repleta de palestras a respeito de como rezar nestes locais e também os preparativos para Jubileu de 2025, que será inteiramente dedicado à oração.
Representando o Santuário Nacional, estiveram presentes o reitor Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R. e o Padre Domingos Sávio, C.Ss.R.
Atenção total aos Sacramentos
Esses locais de peregrinação, que atraem até milhões de pessoas todos os anos, são de fato lugares de oração verdadeiramente privilegiados. A primeira preocupação, recomenda o Pontífice aos reitores e operadores, é que não sejam desvirtuados a esse respeito, cuidando da celebração da Eucaristia e do Sacramento da Reconciliação.
"Que não aconteça que aqueles que chegam ao confessionário, atraídos pela misericórdia do Pai, encontrem obstáculos para experimentar a verdadeira e plena reconciliação. Isso não pode acontecer, especialmente em santuários, porque neles a misericórdia de Deus se expressa de modo superabundante, por sua própria natureza".
Santuários: ambiente de plena adoração ao Santíssimo
Francisco também orientou que seja dada atenção especial à adoração nos santuários, considerando que o ambiente e a atmosfera de nossas igrejas nem sempre nos convidam a nos reunir e adorar.
"Talvez precisemos perceber que o ambiente e a atmosfera de nossas igrejas nem sempre convidam as pessoas a se reunirem e adorarem. Devemos incentivar os peregrinos a experimentar o silêncio contemplativo - e isso não é fácil - o silêncio da adoração.
Isso significa ajudá-los a fixar o olhar nos elementos essenciais da fé. A adoração não é um afastamento da vida; ao contrário, é o espaço para dar sentido a tudo, para receber o dom do amor de Deus e ser capaz de testemunhá-lo na caridade fraterna. E podemos fazer a pergunta: 'E quanto a mim, estou acostumado com a prática de adoração?'".
Lugar de consolação e acolhimento
As pessoas quando visitam o Santuário desejam ser acolhidas e consoladas dos seus fardos e preocupações diárias. O Papa ressalta que a consolação é uma demonstração da misericórdia de Deus.
"A doença de um ente querido, a perda de um membro da família, tantas situações na vida são frequentemente causas de solidão e tristeza, colocadas no altar e aguardam uma resposta. O consolo não é uma ideia abstrata e não é feito principalmente de palavras, mas de uma proximidade compassiva e terna que compreende a dor e o sofrimento".
Aqui no Santuário Nacional de Aparecida, temos um lema: "Acolher bem também é evangelizar!". O Santo Padre enfatizou isso durante o encontro, pois durante a chegada e a saída do devoto ao santuário, eles encontrarem um destino seguro, têm a esperança com sua oração, e que ao voltarem para casa, se sintam realizados e cheios de serenidade.
"Em nossos santuários, dá-se muita atenção ao acolhimento, e com razão. Por favor, não se esqueçam disso: recebam bem os peregrinos. Ao mesmo tempo, deve-se dar o mesmo cuidado pastoral ao momento em que os peregrinos deixam o santuário para retornar à sua vida normal: que eles recebam palavras e sinais de esperança, para que a peregrinação que fizeram alcance seu pleno significado".
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Fonte: Vatican News
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