“Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele” (1 Co 12, 26).
O Papa Francisco se inspirou nas palavras do Apóstolo Paulo para divulgar, nesta segunda-feira (20), uma carta sobre os casos de abusos cometidos por membros do clero e religiosos.
O Papa afirma que este crime gera profundas feridas de dor e impotência, tanto para as vítimas e suas famílias quanto para a comunidade inteira, sejam cristãos ou não. Francisco usa a palavra “atrocidades”.
“É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos e, inclusive, por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis. Peçamos perdão pelos pecados, nossos e dos outros.” Papa Francisco
Pensilvânia - Francisco destaca o relatório divulgado na terça-feira (14), que revelou mais de mil casos de abusos envolvendo membros do clero no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. "Sentimos vergonha quando percebemos que o nosso estilo de vida contradisse e contradiz aquilo que proclamamos com a nossa voz”, escreve o Papa.
Para o Pontífice, a dimensão e a gravidade dos acontecimentos o obrigam a assumir esse fato de maneira global e comunitária.
Solidariedade - Na carta, o Papa Francisco explica que entende por solidariedade proteger e resgatar as vítimas da sua dor, denunciar tudo o que possa comprometer a integridade de qualquer pessoa e lutar contra todas as formas de corrupção, especialmente a espiritual.
Leia Mais5 maneiras de atirar os ídolos pela janela, segundo o Papa FranciscoCinco vezes em que o Papa Francisco reagiu ao abortoFrancisco reconhece o esforço e o trabalho que são feitos para garantir segurança e integridade de crianças e de adultos em situação de vulnerabilidade, bem como a implementação da ‘tolerância zero’ e de modos de prestar contas por parte de todos aqueles que realizem ou acobertem esses crimes.
Além disso, o Pontífice disse não ignorar o atraso em aplicar essas medidas e sanções tão necessárias, mas está confiante de que elas ajudarão a garantir uma maior cultura do cuidado, no presente e no futuro.
Oração e penitência - Ao final da carta, o Papa convidou todos os fiéis a uma atitude de oração e penitência, para despertar em cada um o dom da compaixão, justiça, prevenção e reparação.
Fonte: vaticannews.va
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