O Papa Francisco nesta segunda-feira (18) aprovou uma Declaração que permite a bênção pastoral a casais em situação irregular.
A “Fiducia supplicans” foi publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e também possibilita a bênção a casais formados por pessoas do mesmo sexo.
Segundo a Declaração, diante do pedido de duas pessoas para serem abençoadas, mesmo que sua condição de casal seja “irregular”, será possível para o ministro ordenado consentir. Vale ressaltar que esse gesto de proximidade pastoral não contenha elementos minimamente semelhantes a um rito matrimonial.
Ela aprofunda o tema das bênçãos, distinguindo entre as bênçãos rituais e litúrgicas e as bênçãos espontâneas, que se assemelham mais a gestos de devoção popular.
As bênçãos espontâneas contemplam, agora, aqueles que não vivem conforme as normas da doutrina moral cristã, mas pedem para serem abençoados.
A Declaração conta com uma introdução do Cardeal Victor Fernandez, que explica o documento, aprofunda o entendimento pastoral das bênçãos e, com isso, permite que “sua compreensão clássica seja ampliada e enriquecida por meio da visão pastoral do Papa Francisco”.
A introdução do cardeal ainda esclarece que a “Fiducia supplicans” não modifica o ensino perene da Igreja sobre o casamento:
“(Uma reflexão do Papa) que implica um verdadeiro desenvolvimento em relação ao que foi dito sobre as bênçãos. De abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo, sem validar oficialmente seu status ou modificar de qualquer forma o ensino perene da Igreja sobre o casamento”, diz trecho da introdução da Declaração.
O documento que divulga a nova decisão afirma que a Igreja continua a considerar a união entre casais do mesmo sexo um ato “irregular” e que a doutrina não mudou, mas afirmou também que a autorização de bênçãos é um “sinal de que Deus acolhe a todos”.
Em outubro, em um discurso, o Papa Francisco já havia indicado que a Igreja pudesse passar a permitir a bênção a casais homossexuais em um futuro próximo.
Desde agosto, de 23 anos atrás, o antigo Santo Ofício não publicava uma declaração (a última foi em 2000, “Dominus Jesus”), um documento de alto valor doutrinário para a Igreja.
.:: Confira a Declaração “Fiducia supplicans” na íntegra!
Fonte: Vatican News
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