Santo Padre

Francisco nos orienta a construir a paz pela unidade em 2023

Na mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa nos ensina a refletir as lições deixadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia

Escrito por Redação A12

30 DEZ 2022 - 11H04 (Atualizada em 30 DEZ 2022 - 11H52)

Vatican Media

"É hora de pararmos um pouco para nos interrogar, aprender, crescer e deixar transformar”.

Leia MaisO Rei do Futebol já se encontrou com três Papas“São Francisco de Sales, grande guia das almas”, diz o Papa Este é o convite do Papa Francisco em sua tradicional mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado todos os anos pela Igreja no dia 1º de janeiro.

O fio condutor do recado é a experiência da pandemia do Covid-19 e que juntos, possamos buscar o caminho da paz.

“A Covid-19 precipitou-nos no coração da noite, desestabilizando a nossa vida quotidiana, transtornando os nossos planos e hábitos, subvertendo a aparente tranquilidade, mesmo das sociedades mais privilegiadas, gerando desorientação e sofrimento, causando a morte de tantos irmãos e irmãs”.

O pontífice relatou sobre os efeitos deste período: o luto, a ameaça a segurança laboral de muitas pessoas, o agravamento da solidão, e o mal-estar generalizado a partir de contradições e desigualdades.

“A maior lição que Covid-19 nos deixa em herança é a consciência de que todos precisamos uns dos outros, que o nosso maior tesouro, ainda que o mais frágil, é a fraternidade humana, fundada na filiação divina comum, e que ninguém pode salvar-se sozinho”.

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Unidade em busca de paz

Francisco coloca como meta para 2023 para todos juntos possamos buscar os valores universais que traçam o caminho desta fraternidade.

“Com efeito, é juntos, na fraternidade e solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça, superamos os acontecimentos mais dolorosos. De fato, as respostas mais eficazes à pandemia foram aquelas que viram grupos sociais, instituições públicas e privadas, organizações internacionais unidos para responder ao desafio, deixando de lado interesses particulares.”

Outro fator que colocou a humanidade em prova foi a guerra na Ucrânia, que de acordo com informações do governo dos Estados Unidos, vitimou 240 mil pessoas entre civis e militares russos e ucranianos.

“Com certeza, o vírus da guerra é mais difícil de derrotar do que aqueles que atingem o organismo humano, porque o primeiro não provem de fora, mas do íntimo do coração humano, corrompido pelo pecado”.

Orar e agir para a cura do planeta

Em sua mensagem, o Papa nos orienta que deixemos Deus transformar nossos corações, pois “é hora de nos comprometermos todos em prol da cura de nossa sociedade e do nosso planeta”.

Outra lição deixada pela pandemia é que as crises morais, sociais, políticas e econômicas estão interligadas. E os desafios, infelizmente, não são poucos: guerras, alterações climáticas, desigualdades, desemprego, migração e o “escândalo dos povos famintos”.

"Compartilho estas reflexões com a esperança de que, no novo ano, possamos caminhar juntos valorizando tudo o que a história nos pode ensinar. Desejo a todos os homens e mulheres de boa vontade que possam, como artesãos de paz, construir dia após dia um ano feliz! Maria Imaculada, Mãe de Jesus e Rainha da Paz, interceda por nós e pelo mundo inteiro", conclui o Santo Padre, fazendo os melhores votos aos Chefes de Estado e de Governo, aos Responsáveis das Organizações Internacionais, aos líderes das várias religiões.


Peçamos a intercessão da Rainha da Paz


Fonte: Vatican News

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