Neste sábado (18), em sua visita pastoral à cidade italiana de Verona, o Papa Francisco realizou uma roda de conversas com a consciência de que a paz deve ser promovida, preparada, cuidada, vivenciada e organizada. Francisco aprofundou estes temas através do diálogo com alguns participantes.
O momento mais emocionante do evento foi quando o israelense Maoz Inon e o palestino Aziz Sarah, familiares de vítimas do conflito no Oriente Médio, falaram e depois de se abraçarem, abraçaram o Papa Francisco, fazendo com que os presentes se levantassem e aplaudissem.
“É uma grande honra estar aqui. Você é um líder da paz, estamos aqui com 12 mil construtores da paz, trazemos-lhe um testemunho de paz da Terra Santa”, disse Maoz.
Após os aplausos, o Papa Francisco tomou a palavra e comentou de improviso o momento que acabou de viver. “O sofrimento destes dois irmãos é o sofrimento de dois povos. Nada pode ser dito, nada pode ser dito… Eles tiveram a coragem de se abraçar, e isso não é apenas coragem e testemunho de querer a paz, mas também um projeto para o futuro. Por favor, vamos fazer um pequeno espaço de silêncio, para ouvir. E olhando para o abraço dos dois, cada um de coração reze ao Senhor pela paz e tome a decisão interior de fazer algo para acabar com as guerras”.
Como viver a conversão de perspectiva para a paz?
Francisco destacou que o exemplo de Jesus chama os pequenos e os excluídos e os coloca no centro, tumultuando as hierarquias convencionais e isso deve ser a nossa inspiração. Ponderando em seguida: “Caminhar com eles nos obriga a mudar de passo, a rever o que carregamos em nossa mochila, a nos livrarmos de muitos pesos e lastros e a abrir espaço para coisas novas. Portanto, é importante vivenciar tudo isso não como uma perda, mas como um enriquecimento, uma poda sábia, que remove o que não tem vida e aprimora o que é promissor”.
Caminhar junto com os jovens
O Santo Padre destacou que o objetivo deve ser o desenvolvimento integral dos jovens centralizando sempre o ponto de que a dimensão comunitária é decisiva. “É uma tarefa que diz respeito a adultos e jovens juntos. A fecundidade e o caráter profético desse trabalho dependem precisamente da capacidade de passar de fazer algo pelos jovens para caminhar junto com os jovens”.
O Papa diz que a mudança é possível, mas exige que se refaçam os laços que se desgastaram e que se recupere uma confiança saudável nas possibilidades que temos. Esse é um desafio para todos os educadores.
Abrir espaço para a ação de Deus
A pergunta proposta pelos participantes do encontro foi: Como encontrar “tempo” para construir relações de justiça entre todos, sobretudo nestes tempos marcados pela velocidade e pelo imediatismo?
Francisco recordou que embora tenhamos todo o necessário para agir rapidamente com a revolução digital e por isso deveríamos ter mais tempo à nossa disposição, pois descobrimos que estamos sempre correndo, perseguindo a urgência de última hora.
“Às vezes é necessário saber como desacelerar a corrida, não se deixar dominar pelas atividades e abrir espaço dentro de nós para a ação de Deus. Desacelerar pode soar como uma palavra deslocada, mas na realidade é um convite para recalibrar nossas expectativas e ações, adotando um horizonte mais profundo e mais amplo”.
Como viver com as dificuldades em dialogar?
Francisco logo esclareceu que se há um dinamismo positivo na sociedade, então também há conflitos e tensões. É um fato: a ausência de conflitualidade não significa que há paz, mas que alguém deixou de viver, pensar e se dedicar àquilo em que acredita. Explicando que temos que aprender a viver esta tensão, ela não deve ser removida, ignorada, escondida ou marginalizada. Nem mesmo fazendo com que um dos polos prevaleça. Tudo isso pode levar a injustiças e até gestos violentos.
“O primeiro passo para uma convivência saudável com tensões e conflitos é reconhecer que fazem parte de nossa vida, são fisiológicos, quando não ultrapassam o limite da violência. Deixemo-nos desafiar pelo conflito, deixemo-nos provocar pelas tensões”.
Fonte: Vatican News
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