Neste dia 16 de março é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas, por isso recordamos “Laudate Deum”, Exortação Apostólica publicada pelo Papa Francisco, em outubro do ano passado.
A Exortação é um complemento para a encíclica de 2015, denominada Laudato Si’, e que é um grito de socorro pelo cuidado da “Casa Comum”. O documento cobra respostas sobre as crises climáticas e destaca a irresponsabilidade de empresas que buscam o enriquecimento, mas esquecem dos impactos ao meio ambiente.
O Santo Padre ainda criticou as pessoas que não acreditam nas condições climáticas atuais e reafirma que o compromisso de cuidar da Casa Comum nasce da fé cristã.
Em seis capítulos e 73 parágrafos, Francisco faz um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas. O pontífice afirma que o mundo “está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura”.
Com cuidado, mas incisivo, o Papa afirma que os efeitos das alterações climáticas recaem sobre todos nós, mas principalmente das pessoas mais vulneráveis. Ele ainda afirma que a ambição do ser humano é o que coloca tudo a perder.
“’Laudate Deum’ é o título desta carta. Porque um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo”.
Baseado em dados, o sucessor de Pedro reflete que, ao contrário do que muitos afirmam, a culpa do aquecimento global não é dos pobres. Ele ainda fala sobre a responsabilidade dos políticos e dos empresários para pensar em decisões e medidas efetivas para este problema.
No primeiro capítulo, o Santo Padre explica que “os sinais da mudança climática estão aí, cada vez mais evidentes”, como o calor extremo, a seca, em outras regiões as chuvas catastróficas, entre outros “gemidos da terra”.
“É possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativamente a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos”.
Ele completa afirmando que “aquilo que agora estamos a assistir é uma aceleração insólita do aquecimento”.
Francisco reforça o pedido de socorro da Terra, e explica que entende sua responsabilidade em chamar a atenção para esses problemas e que pode parecer exagero a repetição desses pedidos, mas se faz extremamente necessário.
“Vejo-me obrigado a fazer estas especificações, que podem parecer óbvias, por causa de certas opiniões ridicularizadoras e pouco racionais que encontro, mesmo dentro da Igreja Católica. Mas não podemos continuar a duvidar que a razão da insólita velocidade de mudanças tão perigosas esteja neste facto inegável: os enormes progressos conexos com a desenfreada intervenção humana sobre a natureza”.
Ele conta ainda que alguns danos são irreversíveis ou podem demorar anos até serem minimizados novamente, mas que nossas atitudes devem ser urgentes.
“Urgente uma visão mais alargada… tudo o que se nos pede é uma certa responsabilidade pela herança que deixaremos atrás de nós depois da nossa passagem por este mundo”.
Nossa Casa Comum é um presente feito por Deus, e é nosso dever cuidar bem de cada detalhe deste lugar. O Papa recorda as razões desse compromisso que brota da fé cristã, incentivando “os irmãos e irmãs de outras religiões a fazerem o mesmo”.
“Isto não é um produto da nossa vontade… pois Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia”.
E ainda reforça:
“Não há mudanças duradouras sem mudanças culturais… e não há mudanças culturais sem mudança nas pessoas”.
Leia na íntegra a Laudate Deum
Fonte: Vatican News
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