Uma cena rodou o mundo na última quarta-feira (17): um menino invadiu o palco da Audiência Geral do Papa, no Vaticano, e ganhou um “cafuné” do Santo Padre.

Após o carinho do Pontífice, o menino (que não teve o nome revelado pela Santa Sé) ficou até o fim da Audiência ao lado de Francisco. A situação foi pontual, já que o Papa estava refletindo sobre a aliança entre crianças e idosos.

O Santo Padre utilizou o garoto para exemplificar o que estava falando durante toda a cerimônia:

“Na Audiência falamos sobre o diálogo entre idosos e jovens, e esta criança foi corajosa e permanece tranquila!”, disse Francisco.

.:: Veja o momento no vídeo abaixo:

A Audiência Geral

“O testemunho dos idosos é credível para as crianças: os jovens e os adultos não são capazes de torná-lo tão autêntico, tão terno, tão pungente, como os idosos podem.”

São as últimas catequeses sobre a velhice, como anunciado pelo Papa na Audiência Geral da última quarta-feira. E na de hoje, Francisco, de uma forma quase poética, falou desta aliança entre os idosos e as crianças, aliança esta que salvará a família humana.

Sua inspiração são as palavras do sonho profético de Daniel, que evocam uma visão de Deus misteriosa e, ao mesmo tempo, esplêndida, e que são retomadas no Livro do Apocalipse e se referem a Jesus Ressuscitado, que aparece ao Vidente como Messias, Sacerdote e Rei, eterno, onisciente e imutável e lhe diz: "Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive. Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos." Assim – disse o Papa - a última barreira de temor e angústia que a teofania sempre despertou desaparece: o que vive nos tranquiliza.

Neste entrelaçamento de símbolos há um aspecto que talvez nos ajude a entender melhor a ligação desta teofania com o ciclo da vida, o tempo da história, o senhorio de Deus sobre o mundo criado. E este aspecto tem a ver precisamente com a velhice.

.:: Veja a biografia especial do A12 sobre o Papa Francisco 

Fonte: Vatican News