Na tarde de terça-feira (02), Papa Francisco recebeu um senegalês e um gambiano na Casa Santa Marta. Ambos escreveram livros nos quais narram a odisseia vivida na busca por uma nova terra para morar.
Os protagonistas deste encontro foram Ibrahim Lo, proveniente do Senegal e que passou pela rota da Líbia, e Ebrima Kuyateh, originário da Gâmbia, com a mesma trajetória dramática. Ibrahim escreveu dois livros, um deles intitulado “Pão e Água. Do Senegal à Itália passando pela Líbia” e o segundo “A minha voz. Das costas de África às ruas da Europa”.
Já Ebrima escreveu “Eu e meus pés descalços”, com prefácio do arcebispo de Módena Nonantola e bispo de Carpi, dom Erio Castellucci, além do posfácio de Stefano Croci, diretor de “Migrantes”.
Pe. Mattia Ferrari também esteve neste encontro e mais uma vez acompanhou um grupo de migrantes ansiosos por conhecer o pontífice, aquele que eles chamam de “o pai”. O padre explica que todos eles, tanto católicos como muçulmanos, o veem como “um pastor de todos”.
Além do padre Mattia, também estavam no encontro, Stefano Croci, diretor de “Migrantes”, Giulia Bassoli, voluntária da mesma seção, e Luca Casarini, fundador e chefe da missão Mediterranea Saving Humans e convidado especial do Sínodo dos Bispos. Com eles também a irmã Adriana Dominici, a consagrada de Spin Time Labs em Roma.
O padre afirmou que o Papa quis ouvir as histórias de cada um “e agradeceu a todos pelo que fazem e pelo que vivem e os encorajou a seguir em frente”.
Quem também esteve no encontro foi Pato, que já havia encontrado com o Papa em novembro de 2023, além do marido de Fati e o pai de Marie, a mãe e a menina que no ano passado morreram de sede no deserto, imortalizada como um alerta às consciências no seu abraço final e doloroso que deu a volta ao mundo.
Todos contaram suas histórias tristes e com caminhos árduos, mas cheias de esperança. Pe. Mattia conta que o que foi vivido, incluindo o acolhimento destes jovens, demonstra quão verdadeira é “a experiência que se faz no mar e em terra, isto é, quando socorremos ou acolhemos os pobres, os migrantes, são eles que nos salvam”. E que “no amor, na fraternidade que se vive com os pobres, com os migrantes, se experimenta efetivamente a salvação”.
Fonte: Vatican News
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