Aqui no A12, você pode entender mais sobre a Declaração Fiducia supplicans, que entre seus tópicos, são abordadas as bênçãos espontâneas, onde é contemplada a possibilidade de acolher aqueles que não vivem conforme as normas da doutrina moral cristã, mas pedem humildemente para serem abençoados.
O Papa Francisco deu uma entrevista para a revista italiana Credere, publicada nesta quinta-feira (8) e ressaltou a questão das bênçãos, que geraram diversas reações e polêmicas, e repetiu o que já havia mencionado durante audiência ao Dicastério para a Doutrina da Fé, que elaborou a declaração.
“Eu não abençoo um 'casamento homossexual', abençoo duas pessoas que se amam e também peço que rezem por mim”, explica o Pontífice na conversa com o diretor da publicação, padre Vincenzo Vitale.
“Sempre nas confissões, quando essas situações surgem, pessoas homossexuais, pessoas divorciadas, eu sempre rezo e abençoo. A bênção não deve ser negada a ninguém. Todos, todos, todos! Atenção, estou falando de pessoas: de quem é capaz de receber o Batismo”.
Outro aspecto citado pelo Santo Padre é que todos merecem respeito, e que a essência do documento é a acolhida.
“Os pecados mais graves — acrescenta o Papa — são aqueles que se disfarçam com uma aparência mais 'angelical'. Ninguém se escandaliza se eu abençoo um empresário que talvez explore as pessoas: e isso é um pecado muito grave. Enquanto se escandaliza se eu abençoo um homossexual… Isso é hipocrisia!”.
A presença das mulheres
Nos diversos assuntos falados na entrevista, Francisco também destaca o papel da mulher para devolver um “rosto feminino” à Igreja e explicou a diferença entre o princípio petrino e o princípio mariano.
“A Igreja é mulher, é esposa. Pedro não é mulher, não é esposa. É mais importante a Igreja-esposa do que Pedro-ministro!”. O Papa ainda acrescentou que “abrir o trabalho na Cúria às mulheres é importante”, destacando como as mulheres auxiliam no ministério. “Não é a ministerialidade da mulher o mais importante, mas a presença das mulheres é fundamental”.
Olhando para a Cúria Romana, o Santo Padre respondeu a respeito do motivo para as várias nomeações femininas.
“Agora há várias mulheres e haverá mais, porque elas se saem melhor do que nós homens em certos cargos”. Papa Francisco cita a secretária do Governatorato, irmã Raffaella Petrini, e também “as mulheres presentes no Dicastério para eleger os bispos” como a Irmã Yvonne Reungoat, ex-superiora geral das salesianas, e Maria Lía Zervino, presidente da Umofc, irmã Alessandra Smerilli, secretária do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, entre outras: “São todos cargos que precisam de mulheres”.
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Fonte: Vatican News
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