Nesta quarta-feira (27) o Papa Francisco utilizou a virtude da “paciência” como tema de sua catequese na Audiência Geral, realizada na Sala Nervi devido às chuvas.
O Papa fez memória da Paixão de Nosso Senhor, que ouvimos também no Domingo de Ramos, onde Jesus, segundo Francisco, responde ao sofrimento com paciência.
“… embora não incluída entre as tradicionais, é muito importante: a virtude da paciência. Trata-se da resistência daquilo que se sofre: não é por acaso que paciência tem a mesma raiz que a Paixão”.
O Santo Padre destacou que na Paixão vemos claramente a paciência de Jesus ao aceitar as situações vividas por Ele: prisão, condenação, insultos, cuspidas, flagelações, carregar a cruz, perdoar, não revidar as provocações e ser misericordioso. “Tudo isto nos diz que a paciência de Jesus não consiste numa resistência estoica ao sofrimento, mas é o fruto de um amor maior”, afirmou o Papa.
A paciência “expressa um conceito surpreendente, que muitas vezes retorna na Bíblia: Deus, diante da nossa infidelidade, mostra-se 'lento na ira'. Em vez de dar vazão ao seu desgosto pelo mal e pelo pecado do homem, revela ser maior, sempre pronto a recomeçar com paciência infinita. Este é o primeiro traço de todo grande amor, que sabe responder ao mal com o bem, que não se fecha na raiva e no desânimo, mas persevera e se relança. A paciência que recomeça”.
Chamados à prática da paciência
O Papa Francisco falou que é comum sermos todos muito impacientes e, por isso, é difícil agirmos com tranquilidade diante dos conflitos que se apresentam na nossa vida cotidiana e nos locais que frequentamos, trabalho, comunidade cristã e na convivência familiar.
“A paciência não é apenas uma necessidade, é um chamado: se Cristo é paciente, o cristão é chamado a ser paciente. […] Não esqueçamos que a pressa e a impaciência são inimigas da vida espiritual: Deus é amor, e quem ama não se cansa, não se irrita, não dá ultimatos, mas sabe esperar.”
Como ser paciente
O Papa convidou a cada um de nós, de modo especial nesta Semana Santa, a “contemplar o Crucifixo para assimilar a sua paciência. Um bom exercício é também levar a Ele as pessoas mais chatas, pedindo-lhe a graça de pôr em prática para com elas aquela obra de misericórdia que é ao mesmo tempo, conhecida e ignorada: suportar pacientemente as pessoas chatas[…]”.
O Santo Padre finalizou a catequese ao dizer que para cultivar a paciência necessário é preciso olhar além.
“Por fim, para cultivar a paciência, virtude que dá fôlego à vida, é bom ampliar o olhar. Por exemplo, não estreitando o âmbito do mundo às nossas angústias. É bom abrir-nos com esperança à novidade de Deus, na firme confiança de que Ele não deixará frustradas as nossas expectativas. Paciência é saber suportar os males”, concluiu.
Fonte: Vatican News
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