O Papa Francisco encerrou nesta quarta-feira (11) o ciclo de catequeses sobre o Espírito Santo apresentando o último dom, o do temor de Deus. "O dom do temor de Deus, de que falamos hoje, conclui a série dos sete dons do Espírito Santo", disse o Papa.
Francisco disse também que o temor de Deus nada tem a ver com "ter medo de Deus".
“O temor de Deus, pelo contrário, é o dom do Espírito que nos recorda quanto somos pequenos perante Deus e perante o seu amor e que o nosso bem está no abandonarmo-nos com humildade, respeito e confiança na suas mãos", frisou.
Com isso, diante de Deus o homem deve reconhecer-se pequeno e incapaz de assegurar a sua própria felicidade e a vida eterna e então compreender que sua alegria está em jogar-se nos braços do Pai como uma criança. "A única solução é abandonar-nos, com humildade, respeito e confiança, nas suas mãos, como faz uma criança nos braços de seu pai. Este dom do Espírito Santo ajuda a reconhecermo-nos como filhos infinitamente amados e, ao mesmo tempo, consolida a nossa confiança e a nossa fé, porque nos faz ver como a nossa vida está nas mãos de Deus", sublinhou.
Esse acolhimento de Deus é o que preenche de "coragem e força" o coração do cristão, disse o Papa. "Eis porque temos tanta necessidade deste dom do Espírito Santo. O temor de Deus faz-nos tomar consciência que tudo vem da graça, de que a nossa verdadeira força está unicamente no seguir o Senhor Jesus e no deixar que o pai possa verter sobre nós a sua bondade e a sua misericórdia", completou.
O Santo Padre disse ainda que este dom funciona como um "alarme" para quando uma pessoa vive no pecado, quando explora os outros, quando vive só para o dinheiro e a vaidade, como por exemplo, os que se favorecem com a dor humana, no tráfico de pessoas, trabalho escravo, venda de armas.
"O temor de Deus lança o alerta: 'Cuidado! Assim não serás feliz, assim acabarás mal!'", e completou: "Ninguém pode levar consigo nada disso para o outro lado. Somente poderemos levar o amor que o Pai nos dá, os carinhos de Deus aceitos por nós com amor, e aquilo que fizermos aos outros. Cuidado! Não depositem esperança no dinheiro, no poder, na vaidade. Essas coisas não podem nos prometer nada", acrescentou.
Por fim, o Papa clamou a Deus para que compreendam que um dia isso tudo acaba e deverão prestar contas desses males.
Dia Mundial contra o Trabalho Infantil
O Papa Francisco, ao final da catequese, associou-se ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado anualmente no dia 12 de junho, pedindo que a comunidade internacional “alargue a proteção social” aos menores para “debelar esta chaga”.
“Dezenas de milhões de crianças - dezenas de milhões, ouviram bem? - são obrigadas a trabalhar em condições degradantes, expostas a formas de escravidão e exploração, bem como a abusos, maus-tratos e discriminação”, disse.
Mostrando um dos panfletos preparados na Itália para esta jornada mundial, o Pontífice afirmou que “uma infância serena permite que as crianças olhem com confiança para a vida e o futuro”.
“Renovemos todos o nosso compromisso, em particular às famílias, para garantir a todos os meninos e meninas a salvaguarda da sua dignidade e a possibilidade de um crescimento são”, concluiu, pedindo uma oração à Nossa Senhora.
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