Santo Padre

Assembleia do Sínodo divulga relatório da primeira fase

Em vista da segunda sessão em 2024, foram oferecidas reflexões e propostas do olhar da Igreja sobre diversos temas atuais

Escrito por Redação A12

31 OUT 2023 - 14H38 (Atualizada em 05 DEZ 2023 - 14H46)

Vatican Media

A conclusão dos trabalhos do Sínodo sobre a Sinodalidade foi realizada pelo Santo Padre no último domingo, dia 29, com a celebração da Santa Missa na Praça de São Pedro em Roma, na Itália. Essa foi a primeira vez que os não bispos tiveram o direito de voto, como as mulheres.

Durante 25 dias, a primeira sessão do Sínodo é o resultado de um tempo de escuta e diálogo, transformado em elementos que agora ajudarão no processo de discernimento, que nada mais é do que uma busca pela verdade no mundo em que vivemosFrancisco agradeceu a dedicação dos participantes e dos fiéis de todo o mundo que contribuíram para o desenvolvimento das reflexões.

"Sugiro que levem consigo os textos de São Basílio, que nos preparou o Padre Davide Piras, e continuem meditando-o, porque isso pode ajudá-los. Quero agradecer o trabalho de todos e de cada um: cardeal Grech, não dormiu à noite; cardeal Hollerich, mestre dos noviços; Nathalie Becquart e Luis Marín de San Martín, Giacomo Costa, Riccardo Battocchio, Giuseppe Bonfrate, Irmã Maria Grazia Angelini, Timothy Radcliffe, que nos manifestaram um saber espiritual conosco, e aos escondidos, aqueles que estão aqui atrás, que não vemos e que possibilitaram tudo isso".

Leia MaisFrancisco alerta atual clero ao fim do SínodoDom Jaime Spengler afirma que o Sínodo foi marcado pela “escuta”A Assembleia Geral do Sínodo divulgou um relatório de 40 páginas, dividido em três partes, que traça o caminho para o trabalho a ser realizado na segunda sessão, em outubro de 2024.

Uma Igreja mais servidora

No documento, são oferecidas reflexões e propostas sobre temáticas como o papel das mulheres e dos leigos, o ministério dos bispos, o sacerdócio e o diaconato, a importância dos pobres e migrantes, a missão digital, o ecumenismo e sobre os abusos.

A primeira parte fala sobre o rosto da Igreja sinodal, abordando temas como a experiência e a compreensão sobre a sinodalidade, a iniciação à vida cristã, a Igreja na relação com os pobres e a unidade cristã.

A nossa missão como católicos é o tema da segunda parte, informando do papel das mulheres na vida e na missão eclesial, a vida consagrada e as associações laicais, os diáconos e presbíteros em uma Igreja sinodal, o bispo na comunhão eclesial e a missão do Papa.

“Tecendo ligações, construindo comunidades” é tema da última parte da síntese, falando sobre a formação, a escuta e o acompanhamento, os missionários no ambiente digital e os organismos de participação, além do próprio Sínodo dos Bispos e a Assembleia eclesial.

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Caminhar juntos e ouvir a todos

O povo de Deus aprendeu a respeito das palavras "sinodal" e "sinodalidade", que indicam um modo de ser Igreja que articula comunhão, missão e participação. Devemos viver a fé católica valorizando as diferenças e desenvolvendo o envolvimento ativo de todos.

Assim como foi propagado na Carta ao Povo de Deus, a assembleia reafirmou a abertura para ouvir e acompanhar todos, inclusive aqueles que sofreram abusos e ferimentos na Igreja. Ao longo do caminho a ser percorrido "rumo à reconciliação e à justiça" é preciso abordar as condições estruturais que permitiram tais abusos e fazer gestos concretos de penitência.

O Papa Francisco, bispos, religiosos, leigos e leigas renovam o convite para uma escuta "autêntica das "pessoas que se sentem marginalizadas ou excluídas da Igreja, por causa de sua situação conjugal, identidade e sexualidade" e que pedem para serem ouvidas e acompanhadas, e que sua dignidade seja defendida.

Política, bem comum e o auxílio aos migrantes

O relatório foi claro ao informar que nós como Igreja, devemos denunciar as injustiças praticadas por indivíduos, governos e empresas quanto com o engajamento ativo na política, nas associações, nos sindicatos e nos movimentos populares.

Um dos focos do documento se concentra nos migrantes e refugiados, "muitos dos quais carregam as feridas do desenraizamento, da guerra e da violência". Diante de atitudes cada vez mais hostis em relação a eles, o Sínodo convida "a praticar uma acolhida aberta, a acompanhá-los na construção de um novo projeto de vida e a construir uma verdadeira comunhão intercultural entre os povos".


Camila Morais, direto de Roma, dá mais detalhes do encerramento do Sínodo


Fonte: Vatican News

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