Santo Padre

Papa: a guerra é um “massacre inútil”

Escrito por Redação A12

09 JAN 2024 - 11H06 (Atualizada em 09 JAN 2024 - 11H32)

Vatican Media / Reprodução

Papa Francisco recebeu na manhã de segunda-feira (08), embaixadores de 184 países e na oportunidade falou sobre desafios da comunidade internacional. Este é um tradicional encontro do Papa com o corpo diplomático junto à Santa Sé.

Papa Francisco manteve seu discurso direcionado a caminhos e dificuldade para a paz, entre os assuntos que o pontífice apontou, estão: tecnologia e inteligência artificial, migração, barrigas de aluguel, mudanças climáticas, educação, liberdade religiosa, democracia e desigualdade. Leia MaisOrganização dá voz a crianças em músicas que são um apelo de pazFrancisco pede por paz na bênção Urbi et Orbi

Trabalhar pela paz. Uma palavra tão frágil, que, ao mesmo tempo, se revela exigente e densa de significado. A ela quero dedicar a nossa reflexão de hoje, num momento histórico em que a mesma está cada vez mais ameaçada, fragilizada e parcialmente perdida. Aliás, é dever da Santa Sé, no seio da comunidade internacional, ser voz profética e apelo à consciência”.

O Papa citou um discurso do Papa Pio XII de oitenta anos atrás, perto do fim da II Guerra Mundial, em que ele refletia sobre a humanidade buscar e sentir um impulso de “renovação profunda”, e enfatizou que esse impulso parece ter se perdido, já que nossa realidade vive a “Terceira Guerra Mundial aos pedaços”, que os tantos conflitos estão se tornando um conflito global.

Fazendo uma retrospectiva rápida, Francisco citou alguns conflitos atuais em que o mundo deveria se preocupar e rezar por todos os irmãos que sofrem com as consequências. Falou sobre a guerra entre Israel e Palestina, e lembrou o ataque de 7 de outubro que chocou a todos, aproveitando a oportunidade enfatizou sua condenação e reforçou seu apelo ao cessar-fogo.

O Santo Padre mencionou também todas as outras regiões em conflito: Ucrânia, Líbano, Síria, Miamar, Azerbaijão, Armênia, Chifre da África, República Democrática do Congo, Venezuela e Guiana.

Francisco lembrou que esse tipo de guerra, não se reserva a soldados, mas todos os civis são atingidos. E evidenciou que a violação do direito internacional humanitário é considerada crime de guerra.

Se conseguíssemos fixar cada uma das vítimas nos olhos, veríamos a guerra como ela é: nada mais que uma enorme tragédia e ‘um massacre inútil’, que fere a dignidade de toda a pessoa nesta terra”.

E reforçou que “ainda que se trate de exercer o direito de autodefesa, é indispensável respeitar o uso proporcional da força”.

O pontífice também falou que a quantidade de armas disponíveis contribui para uma certa facilidade de conflitos e guerras.

Quantas vidas se poderiam salvar com os recursos atualmente destinados aos armamentos? Não seria melhor investi-los a favor de uma verdadeira segurança global?”.

Ele renovou a sua proposta de constituir um fundo mundial para eliminar a fome e promover um desenvolvimento sustentável de todo o planeta. E reiterou mais uma vez “a imoralidade de fabricar e possuir armas nucleares”.

Vatican Media / Reprodução
Vatican Media / Reprodução


A necessidade do Jubileu

Papa Francisco concluiu sua dissertação lembrando do Jubileu da Igreja, que terá início no Natal de 2024 e destacou sua importância.

“Talvez hoje, mais do que nunca, tenhamos necessidade do ano jubilar”, e completou afirmando que “o Jubileu é o anúncio de que Deus nunca abandona o seu povo e mantém sempre abertas as portas do seu Reino”.

“É um tempo de justiça, em que os pecados são perdoados, a reconciliação permite superar a injustiça e a terra repousa. Pode ser para todos – cristãos e não-cristãos – o tempo para quebrar as espadas e delas fazer arados; o tempo em que uma nação não mais levantará a espada contra outra nação, nem se aprenderá mais a arte da guerra” cf. Is 2, 4

Fonte: Vatican News

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