Leia MaisPapa Francisco inicia viagem ao CazaquistãoPapa levanta possibilidade de renunciar no futuroO Papa Francisco enviou uma carta de encorajamento a um padre jesuíta que é conhecido por defender a comunidade LGBTQIA+.
A correspondência do Pontífice foi revelada pelo destinatário da correspondência, o Padre James Martin, interlocutor frequente do Papa, que inclusive, é o primeiro Santo Padre jesuíta na história da Igreja.
Segundo James, a carta de Francisco foi uma resposta ao envio de um folheto de um evento que busca promover o acolhimento da comunidade LGBTQIA+ pela Igreja.
“Encorajo-vos a continuar a trabalhar sobre a cultura do encontro, que encurta as distâncias e nos enriquece com as nossas diferenças, precisamente como fez Jesus, que se fez próximo de todos”, disse o Papa na correspondência.
O Papa observa que a coisa mais preciosa é o que acontece nos encontros interpessoais:
“De fato, a pandemia nos levou a buscar alternativas para preencher as distâncias. Ensinou-nos também que há coisas insubstituíveis, entre as quais a capacidade de se olhar 'face a face', mesmo com aqueles que pensam diferente, ou com os quais as diferenças parecem nos separar ou mesmo nos colocar em contraste. Quando superamos essas barreiras, percebemos que há mais coisas que nos unem do que aquelas que nos separam”, escreveu o Pontífice.
Em outra correspondência trocada com Martin, em maio passado, Francisco havia dito que a Igreja Católica não rejeita homossexuais e que um credo "seletivo" arrisca se tornar uma "seita”.
"Deus é Pai e não renega a nenhum de seus filhos", afirmou Francisco, que gostaria que um católico LGBTQIA+ que tenha vivenciado a rejeição na Igreja reconhecesse isso não como "a rejeição da Igreja", mas como a de "pessoas na Igreja", porque "a Igreja é uma Mãe e convoca todos os seus filhos”, sem distinção.
“Uma Igreja seletiva, de sangue puro – afirmou Francisco – não é a Santa Mãe Igreja, mas sim uma seita”, disse o Santo Padre em outra ocasião.
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