A parábola do semeador, em que Jesus fala aos discípulos sobre as sementes que caem em diferentes tipos de terreno, foi o centro da mensagem de Papa Francisco para a oração do Angelus, neste domingo (13). Baseando- se no Evangelho do 15º Domingo do Tempo Comum, o Pontífice ressaltou que “nós somos o terreno onde o Senhor lança incansavelmente a semente da sua Palavra e do seu amor”.
Francisco frisou que overdadeiro protagonista é a semente, que produz mais ou menos fruto de acordo com a terra sobre a qual caiu. Os primeiros três terrenos são improdutivos: à beira do caminho, os pássaros comem a semente; no terreno pedregoso, as mudas secam imediatamente porque não têm raízes; em meio aos arbustos, a semente é sufocada pelos espinhos. A quarta terra é a boa, e somente ali a semente produz fruto.
A semente que caiu na estrada indica os que ouvem o anúncio do Reino de Deus, mas não o acolhem; a segunda, sobre as pedras, representa as pessoas que ouvem a palavra de Deus e a acolhem imediatamente, mas superficialmente, porque não têm raízes e são inconstantes.
O terceiro caso é o da semente caída entre os espinhos: Jesus explica que se refere às pessoas que ouvem a palavra mas, por causa das preocupações mundanas e da sedução da riqueza, permanece sufocada. Por fim, a semente que caiu em terra fértil representa os que ouvem a palavra, a acolhem, a protegem e a entendem, e esta produz fruto. "O modelo perfeito desta terra boa é a Virgem Maria", disse Francisco.
“Esta parábola fala hoje a cada um de nós, como falava aos que ouviam Jesus dois mil anos atrás. Nos recorda que nós somos o terreno onde o Senhor lança incansavelmente a semente da sua Palavra e do seu amor”. Todavia, com que disposição a acolhemos?, questiona o Papa. A qual terra se parece: com a beira do caminho, com um pedregulho ou um arbusto?
Depende de nós nos tornar terra boa sem espinhos nem pedras, mas arado e cultivado com carinho, para que possa produzir bons frutos para nós e para nossos irmãos.
Para Francisco nos fará pensar que também nós somos semeadores e devemos nos perguntar que tipo de semente sai do nosso coração e da nossa boca.
As nossas palavras podem fazer tão bem, mas também tão mal! Podem curar e podem ferir; podem encorajar e podem deprimir. Lembrem-se que o que não é o que entra, mas o que sai da boca e do coração. Que Nossa Senhora nos ensine, com o seu exemplo, a acolher a Palavra, protegê-la e fazê-la fecundar em nós e nos outros.
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