Na Audiência Geral desta quarta-feira (02), Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração. O encontro semanal, realizado na Biblioteca do Palácio Apostólico, por causa da pandemia de coronavírus, recebeu o tema “a bênção”, uma dimensão essencial da oração.
Segundo Papa Francisco, “nas narrações da criação, Deus abençoa continuamente a vida. Abençoa os animais, abençoa o homem e a mulher, e no final abençoa o sábado, dia de descanso e de fruição de toda a criação. As primeiras páginas da Bíblia é uma repetição contínua de bênçãos.” Ele afirma que não só Deus, como também os homens abençoam e descobrem a “força especial” da bênção, “que acompanha o destinatário ao longo da vida e dispõe o coração humano a deixar-se mudar por Deus”.
Francisco afirmou que "no início do mundo há Deus que 'diz bem', que bendiz. Ele vê que cada obra das suas mãos é boa e bela, e quando chega ao homem e completa-se a criação, Ele reconhece que é muito boa. Pouco tempo depois, aquela beleza que Deus imprimiu na sua obra será alterada e o ser humano se tornará uma criatura degenerada, capaz de difundir o mal e a morte no mundo; mas nada poderá apagar a primeira marca de Deus, uma marca de bondade que Deus colocou no mundo, na natureza humana, em todos nós. A capacidade de abençoar e ser abençoado. Deus não errou com a criação, nem com a criação do homem. A esperança do mundo reside completamente na bênção de Deus: Ele continua a nos amar, Ele primeiro, como diz o poeta Péguy, continua esperando o nosso bem.”, acrescenta o pontífice.
Leia MaisPapa diz que Igreja é obra do Espírito Santo e não um grupo de empresários, partido político, ou associação humanistaO Santo Padre se refere a Jesus Cristo como “a grande bênção de Deus”, sendo uma bênção para a humanidade, ao salvar a todos nós. “Ele é a Palavra eterna com o qual o Pai nos abençoou, quando éramos ainda pecadores. Diz São Paulo: Palavra que se fez carne e foi oferecida por nós na cruz”.
Para Francisco, “não há pecado que possa cancelar completamente a imagem de Cristo presente em cada um de nós. Nenhum pecado pode cancelar aquela imagem que Deus nos deu: a imagem de Cristo. Pode desfigurá-la, mas não a pode subtrair à misericórdia de Deus. Um pecador pode permanecer nos seus erros por muito tempo, mas Deus é paciente até o fim, esperando que no final aquele coração se abra e mude. Deus é como um bom pai e como uma boa mãe. Ele também é uma boa mãe: nunca deixa de amar o seu filho, por mais que ele possa errar”.
E continua: “Penso nas muitas vezes que eu vi as pessoas fazendo fila para entrar nos cárceres e muitas mães ali na fila para ver o seu filho preso. Não deixam de amar o seu filho. Elas sabem que as pessoas que passam nos ônibus, dizem: 'Esta é a mãe do encarcerado'. Não têm vergonha disso, aliás, têm vergonha, mas vão adiante porque é mais importante o filho do que a vergonha. Para Deus somos mais importantes do que todos os pecados que cometemos. Porque Ele é Pai, Ele é mãe, Ele é puro amor, Ele nos abençoou para sempre e nunca deixará de nos abençoar.”
O Pontífice ainda afirma que “fazer com que as pessoas que permanecem abençoadas apesar dos seus graves erros, sintam que o Pai celestial continua a amá-las e espera que elas finalmente se abram ao bem” é uma forte experiência. “Para Deus eles continuam sendo sempre filhos. Deus não pode cancelar em nós a imagem de filho. Cada um de nós é filho, é filha. Às vezes acontecem milagres: homens e mulheres renascem, pois encontram essa bênção que os ungiu como filhos. A graça de Deus muda a vida: aceita-nos como somos, mas nunca nos deixa como somos”.
Papa Francisco salienta que a raiz da mansidão cristã está na capacidade de se sentir abençoado e de abençoar. Em sua concepção, “se todos nós fizéssemos assim certamente não haveriam as guerras. Este mundo precisa de bênção e nós podemos dar e receber a bênção. O Pai nos ama. E tudo o que nos resta é a alegria de o abençoar e lhe agradecer, e de aprender com Ele a não amaldiçoar, mas a abençoar”.
O Santo Padre nos convida a refletir se temos o costume de amaldiçoar e “pedir ao Senhor a graça de mudar esse costume, porque temos um coração abençoado e de um coração abençoado não pode sair a maldição. Que o Senhor nos ensine a nunca a amaldiçoar, mas a abençoar”. Por fim, o Papa oferece a todos sua bênção apostólica.
Fonte: Vatican News
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