Na Audiência Geral desta quarta-feira (28), o Papa Francisco deu continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, falando sobre a Liturgia Eucarística, em particular, a apresentação das oferendas.
"O Senhor nos pede, na vida ordinária, boa vontade; nos pede coração aberto, nos pede desejo de ser melhores e para dar-se ele mesmo a nós na Eucaristia, nos pede estas ofertas simbólicas que depois se tornam o Corpo e o Sangue”, disse Francisco.
A Liturgia eucarística segue a Liturgia da Palavra. "Nela, por meio dos santos sinais, a Igreja torna continuamente presente o Sacrifício da nova aliança selada por Jesus no altar da cruz". A Cruz foi o primeiro altar cristão, e “quando nós nos aproximamos do altar para celebrar a Missa, a nossa memória vai ao altar da Cruz, onde foi feito o primeiro sacrifício”, indicou o Santo Padre.
Leia MaisPapa fala sobre a importância de homilia bem preparada e breveContra o desamor, Papa propõe prática do jejum, oração e esmolaO Papa explicou que o sacerdote, na Missa, representa Cristo e "cumpre aquilo que o próprio Senhor fez e confiou aos discípulos na Última Ceia: tomou o pão e o cálice, deu graças, os deu aos seus discípulos, dizendo: 'Tomai e comei...bebei: este é o meu corpo... este é o cálice de meu sangue. Fazei isto em memória de mim'", assinalou.
Na Liturgia Eucarística, a Igreja recorda os momentos que correspondem às palavras e aos gestos realizados por Jesus, na véspera de sua Paixão. "Na preparação dos dons são levados ao altar o pão e o vinho, isto é, os elementos que Cristo tomou em suas mãos", acrescentou.
O primeiro desses gestos de Jesus, o de tomar o pão e o vinho, corresponde na celebração da Eucaristia, à apresentação das ofertas:
“É bom que sejam os fiéis a apresentar ao sacerdote o pão e o vinho, porque eles significam a oferta espiritual da Igreja ali recolhida pela eucaristia. Não obstante hoje os fiéis não levem mais, como em um tempo, o próprio pão e vinho destinados à Liturgia, todavia o rito da apresentação destes dons conserva o seu valor e significado espiritual”, complementou.
Nessa oferta, a assembleia dos fieis deposita a oferenda de si mesmos nas mãos do sacerdote, um “sacrifício agradável a Deus, Pai todo poderoso”, “para o bem de toda a Santa Igreja”.
Dessa forma, a vida dos fiéis, seus sofrimentos, a sua oração, o seu trabalho, são unidos àqueles de Cristo e a sua oferta total, e assumem um novo valor.
“É pouca a nossa oferta, mas Cristo tem necessidade deste pouco. O Senhor nos pede pouco, e nos dá tanto. Nos pede pouco: nos pede, na vida ordinária, boa vontade; nos pede coração aberto, nos pede desejo de ser melhores e para dar-se ele mesmo a nós na Eucaristia, nos pede estas ofertas simbólicas que depois se tornam o corpo e o sangue”.
"Que a espiritualidade do dom de si, que este momento da Missa nos ensina, possa iluminar os nossos dias, as relações com os outros, as coisas que fazemos, os sofrimentos que encontramos, ajudando-nos a construir a cidade terrena à luz do Evangelho", frisou Francisco.
Com a temperatura de -2°C, o tradicional encontro das quartas-feiras realizou-se na Sala Paulo VI. Como os 12 mil fiéis presentes superavam a capacidade da Sala Paulo VI de 7 mil pessoas, parte deles teve de ser deslocada até a Basílica de São Pedro, de onde acompanharam por um telão. Ao final do encontro, o Papa Francisco foi até eles saudá-los.
Fonte: Vatican News.
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