O abraço é um gesto de carinho, confiança, capaz de proteger e até curar. Na Bíblia, o abraço aparece de diversas maneiras, nos apresentando todo o seu poder, como a misericórdia, o perdão, o reconhecimento, entre tantos outros significados que esse gesto carrega.
Para o filho pródigo, o abraço de seu pai foi um abraço de perdão e reconhecimento. Já o abraço entre Jacó e Esaú, foi um abraço de reconciliação, naquele momento nada precisou ser dito, apenas sentido.
É bonito olharmos para o abraço como uma arma para a paz, um caminho de alegria e fraternidade, uma arma incapaz de machucar alguém.
Papa Francisco foi acolhido nesta semana na Praça São Pedro, por membros da Ação Católica Italiana para o encontro intitulado “De braços abertos”. Na oportunidade, Francisco falou sobre o que a ausência do abraço pode causar na sociedade.
“Quando o abraço se transforma em um punho, é muito perigoso. Na origem das guerras geralmente há abraços que faltaram ou abraços rejeitados, que são seguidos de preconceitos, mal-entendidos e suspeitas, a ponto de ver o outro como inimigo. Tudo isso, infelizmente, está diante de nossos olhos hoje em dia, em muitas partes do mundo! Com sua presença e seu trabalho, no entanto, vocês testemunham a todos que o caminho do abraço é o caminho da vida”.
O abraço carrega um significado muito especial de parceria e fraternidade, e quando ele é vivenciado na fé, ele é ainda mais especial, ganha ainda mais significado.
“Do ponto de vista humano, abraçar-se significa expressar valores positivos e fundamentais como o afeto, a estima, a confiança, o encorajamento, a reconciliação. Mas se torna ainda mais vital quando é vivido na dimensão da fé. No centro da nossa existência está o abraço misericordioso de Deus que salva, o abraço do Pai bom que se revelou em Cristo Jesus, e cujo rosto se reflete em cada seu gesto de perdão, de cura, de libertação, de serviço, e cuja revelação atinge o seu ápice na Eucaristia e na Cruz, quando Cristo oferece a sua vida pela salvação do mundo, para o bem de todo aquele que o acolhe com o coração sincero, perdoando até mesmo os seus crucificadores”.
É comum que quanto mais crescemos, mais deixamos de lado esse gesto tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão grandioso. Não podemos deixar de lado o ato de abraçar as pessoas que amamos e também as que precisamos perdoar. O santo padre reflete que “cada um de nós tem algo de criança no coração que precisa de um abraço. No abraço do Senhor aprendemos a abraçar os outros”.
Ele ainda afirmou que “um abraço pode mudar a vida, mostrar novos caminhos, caminhos de esperança”, e citou São Francisco, que após abraçar um leproso, deixou tudo para seguir o Senhor.
Por fim, Papa Francisco recordou que o “abraço da caridade” é o “único sinal essencial dos discípulos de Cristo, regra, forma e fim de todos os meios de santificação e apostolado”.
“Amigos, vocês serão tanto mais presença de Cristo quanto mais souberem abraçar e apoiar cada irmão necessitado, com braços misericordiosos e compassivos, como leigos engajados nos acontecimentos do mundo e da história, ricos de uma grande tradição, formados e competentes no que diz respeito às suas responsabilidades, e, ao mesmo tempo, humildes e fervorosos na via do espírito. Dessa forma, vocês poderão fazer sinais concretos de mudança segundo o Evangelho ao nível social, cultural, político e econômico nos contextos em que trabalham”.
E incentivou a promoção a “cultura do abraço” que “crescerá na Igreja e na sociedade, renovando as relações familiares e educativas, renovando os processos de reconciliação e de justiça, renovando os esforços de comunhão e de corresponsabilidade, construindo laços para um futuro de paz”.
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