Estamos na Quaresma, tempo dedicado à preparação para o maior acontecimento cristão, a Páscoa. Nessa preparação, o segundo mandamento da Igreja diz que devemos nos confessar pelo menos uma vez ao ano. A confissão é um sacramento conhecido por vários nomes, que ganha forte significado no Catecismo da Igreja:
“É sacramento da Conversão, porque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à conversão e o esforço de regressar à casa do Pai da qual o pecador se afastou pelo pecado” (CIC 1423);
“É sacramento da Penitência, porque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador” (CIC 1423);
"É sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia” (CIC 1424).
O Papa Francisco se confessa regularmente
No primeiro ano do seu pontificado, em novembro de 2013, uma afirmação do Papa surpreendeu os presentes em audiência aberta na Praça de São Pedro, ao afirmar que realizava a sua confissão a cada quinze dias:
“Padres também precisam da confissão, até os bispos. Somos todos pecadores. Até o papa se confessa a cada duas semanas, pois o papa também é pecador”.
E, demonstrando humildade em precisar de ajuda, disse: “Meu confessor escuta o que falo, me aconselha e me perdoa”.
Em março do ano seguinte, ao presidir uma missa para falar sobre a importância da confissão, Francisco surpreende seu mestre de cerimônias, monsenhor Guido Marini, que havia preparado um confessionário vazio para que ele confessasse alguns fiéis. No entanto, primeiro Francisco ajoelhou-se e fez a sua confissão com um padre e, só então dirigiu-se para confessar os fiéis que o aguardavam. E assim tem sido a sua prática, seu testemunho.
Leia MaisQual a diferença entre o Ato Penitencial e a Confissão? Como posso me preparar para uma boa confissão?Não está certo dizer “eu me confesso somente com Deus”
Muitos cristãos católicos frequentam a Igreja, mas são resistentes quanto o assunto é confissão. O Papa deixa claro que o “perdão dos nossos pecados não é algo que possamos dar-nos a nós mesmos”, pois foi o próprio Cristo que estabeleceu tal sacramento e passou a sua Igreja:
“Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados”. (Jo 20,22-23)
E continua Francisco: “O perdão se pede, e se pede a outro, e na confissão pedimos perdão a Jesus”. O Papa deixa claro que o perdão não é fruto dos nossos esforços, mas da graça e misericórdia do Pai. Outro argumento do papa a quem pensa que basta confessar somente com Deus é quanto à dimensão do pecado:
“Os nossos pecados são cometidos também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso, é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote".
Que Deus dê a sua Igreja confessores misericordiosos
Apresentando Deus como Pai misericordioso e cheio de ternura e compaixão para acolher seus filhos que erram e precisam de nova oportunidade, Francisco, nas intenções de sua oração em março de 2021, pede “que Deus dê à sua Igreja padres misericordiosos e não torturadores, bons sacerdotes confessores, prontos a ouvir e dizer que Deus é bom, não se cansa e perdoa sempre”.
Para o Papa, é um caminho de conversão para cada sacerdote “ser testemunha da ternura paterna”, “ser prudente no discernimento” e “generoso para conceder o perdão de Deus”.
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