Na manhã desta quinta-feira (20), o Papa Francisco se encontrou com a delegação Federação Luterana Mundial. Na ocasião foi destacado também o aniversário dos 1700 anos do Concílio de Niceia.
O Santo Padre definiu o encontro com a delegação da Federação Luterana Mundial, guiada pelo seu novo presidente, o bispo Henrik Stubkjær e pela secretária geral, Revv. Anne Burghardt, como “um importante gesto de fraternidade ecumênica”.
Em seu discurso, Francisco recordou que há 3 anos, em outra visita da delegação da Federação Luterana Mundial, refletiram juntos sobre “o iminente aniversário do Primeiro Concílio de Niceia como um evento ecumênico.”
Já no ano passado, por ocasião da Assembleia Geral da Federação, em Cracóvia, a Revv. Burghardt, juntamente com o cardeal Koch, destacou em uma declaração conjunta que “o antigo credo cristão de Niceia, cujo 1.700° aniversário celebraremos em 2025, cria um vínculo ecumênico que tem o seu centro em Cristo”. Leia MaisPor que existem duas orações diferentes do Credo?
Olhando para a secretária da Federação Luterana Mundial, o Santo Padre lembrou:
“A senhora recordou justamente um belo sinal de esperança, que ocupa um lugar especial na história da reconciliação entre católicos e luteranos”.
De fato, já antes do final do Concílio Vaticano II, os cristãos católicos e luteranos dos Estados Unidos da América, em Baltimore, deram juntos este testemunho:
“Jesus Cristo é o coração do ecumenismo. Ele é a misericórdia divina encarnada, e a nossa missão ecumênica é dar testemunho Dele. Na Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, luteranos e católicos formularam o objetivo comum de confessar em todas as coisas Cristo, o único em quem se pode depositar toda a confiança, visto que ele é o único mediador (cf. 1 Tim 2,5- 6) através do qual Deus no Espírito Santo se doa e derrama os seus dons que tudo renovam”.
Francisco recordou, ainda, que se passaram 25 anos desde a assinatura desta Declaração conjunta oficial, e “o que aconteceu no dia 31 de outubro de 1999 em Augusta é outro sinal de esperança na nossa história de reconciliação. Conservemo-lo na memória como algo sempre vivo”.
Ao final de seu discurso, Francisco acrescentou:
“Que o 25º aniversário seja celebrado nas nossas comunidades como uma celebração de esperança. Recordemos que a nossa origem espiritual comum é “um só batismo para a remissão dos pecados” (Credo de Niceia-Constantinopla) e prossigamos com confiança como “peregrinos da esperança”. Que o Deus da esperança esteja conosco e continue a acompanhar com a sua bênção o nosso diálogo de verdade e de caridade”.
Fonte: Vatican News
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