O dia de Todos os Santos é celebrado no dia 1º de novembro. Entretanto, no Brasil, quando a data não cai no domingo, a Solenidade é transferida para o domingo seguinte à data. 

Portanto, neste domingo (03), a Igreja no Brasil celebra a Solenidade de Todos os Santos, mas na Europa, por exemplo, a solenidade foi celebrada na última sexta-feira.

Por conta disso, o Papa Francisco realizou sua tradicional oração do Angelus, e refletiu o Evangelho do 31º Domingo do Tempo Comum, fazendo com que as reflexões sejam diferentes entre os países. Quem acompanha no Brasil reflete a Solenidade de Todos os Santos, quem acompanha a reflexão do Santo Padre, reflete o Evangelho do 31º Domingo do Tempo Comum.

Os fiéis presentes na Praça São Pedro acompanharam a reflexão das Palavras de Jesus sobre amar o próximo e amar a Deus. No início de sua reflexão, o Papa nos lembra que:

“Todos nós precisamos voltar ao coração da vida e da fé, porque o coração é a fonte e a raiz de todas as outras forças, de todas as outras convicções e Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem”.

O Evangelho do dia nos apresenta uma das muitas discussões que Jesus teve no templo de Jerusalém, quando é questionado por um escriba sobre qual é o primeiro mandamento. Jesus responde: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”.

Papa Francisco explica que naquele momento o escriba buscava um princípio que sustentasse todos os mandamentos.

“Os judeus tinham tantos preceitos, que buscavam a base de todos eles: um que fosse o fundamental, que colocasse de acordo sobre o fundamental. E havia discussões entre eles, boas discussões, porque buscavam a verdade”.

O Pontífice destacou que essa pergunta nos vale também nos dias de hoje, pois é uma pergunta essencial para nossa vida e nosso caminho de fé.

“Também nós, às vezes, nos sentimos dispersos em tantas coisas e nos perguntamos: mas, afinal, qual é a coisa mais importante de todas? Onde posso encontrar o centro da minha vida, da minha fé? E Jesus nos dá a resposta, combinando esses dois mandamentos, que são os principais: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. E esse é um pouco o coração da nossa fé”.

Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor e que nunca devemos separar Deus do homem.

“Ao discípulo de todas as épocas, o Senhor diz: no seu caminho, o que conta não são as práticas exteriores, como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição de coração com a qual você se abre a Deus e a seus irmãos no amor”.

É preciso compreender que tudo o que fizermos tem que ser por amor, mas de nada vale se olharmos somente para nós mesmos. O Papa enfatiza que é necessário fazer tudo com o coração aberto, pois se o coração estiver fechado e distraído, não será feito verdadeiramente, e estaremos caminhando para o erro.

“O Senhor virá e, antes de tudo, nos perguntará: Como você tem amado? É importante fixar em nosso coração o mandamento mais importante. Qual é ele? Amar o Senhor, teu Deus, e amar o próximo como a si mesmo”.

Francisco ainda nos convida a um exame de consciência diário:

“O amor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida? Minha oração a Deus me impulsiona a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los gratuitamente? Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?”.

E finalizou pedindo a intercessão de Nossa Senhora, “que trazia a lei de Deus impressa em seu Coração Imaculado”, para nos ajudar a amar o Senhor e nossos irmãos.

Fonte: Vatican News