Santo Padre

Papa: "Não faça da Crisma o sacramento de despedida da Igreja"

Francisco definiu a Crisma como o “Pentecostes pessoal” de cada cristão

Escrito por Redação A12

30 OUT 2024 - 09H06 (Atualizada em 30 OUT 2024 - 12H36)

Vatican Media

Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (30), o Papa Francisco deu continuidade ao ensino sobre a presença e ação do Espírito Santo na vida da Igreja, com um destaque especial para o poder transformador dos Sacramentos, aos fiéis da Praça São Pedro. O Santo Padre ensinou que o Espírito Santo age de forma particular por meio da Crisma, que ele definiu como o “Pentecostes pessoal” de cada cristão. "Se pelo Batismo nascemos, pela Crisma crescemos".

Desde o início do Novo Testamento, os apóstolos reconheceram o valor da imposição das mãos para a transmissão do Espírito Santo. Como exemplo, o Pontífice citou os Atos dos Apóstolos, no momento em que Pedro e João, ao saberem que os samaritanos haviam acolhido a Palavra de Deus, oraram e impuseram as mãos sobre eles para que recebessem o Espírito Santo: “Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo” (At 8,14-17).

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Francisco também destacou as palavras de São Paulo aos Coríntios, descrevendo o Espírito Santo como “selo” da nossa fé. O Espírito Santo é o selo com o qual Cristo nos confirma como filhos de Deus e testemunhas de sua verdade. Ele nos marca com o seu selo e nos consagra para viver em Cristo e com Cristo”, disse o Papa, citando: “Quem nos confirma em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele nos marcou com o seu selo e deu aos nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor 1,21-22).

Ressaltando que a Crisma é um sacramento de amadurecimento, fundamental para fortalecer a vida cristã e a identidade espiritual dos fiéis, o Pontífice explicou: “Assim como o Batismo é o sacramento do nascimento, a Crisma é o sacramento do crescimento. É ele que nos confere a força para testemunhar a fé e assumir uma vida cristã madura”.

O Papa exortou os fiéis a não verem a Crisma como uma “extrema unção” ou um momento de despedida, mas como o início de uma participação ativa e engajada na Igreja.

“Dizem que é o sacramento da despedida, pois, uma vez que os jovens o recebem, eles vão embora e só voltam para o casamento. É o que as pessoas dizem... Mas precisamos fazer com que seja o sacramento de uma participação ativa na vida da Igreja.”

Gustavo Cabral
Gustavo Cabral


Para esse objetivo, o Santo Padre sublinha: “Pode ser útil contar com a ajuda de fiéis leigos que tiveram um encontro pessoal com Cristo e uma experiência genuína do Espírito na preparação para este sacramento. Alguns dizem que viveram isso como um florescimento do Sacramento da Crisma que receberam quando crianças.”

Por fim, o Papa fez um apelo para que todos os batizados reavivem a chama do Espírito Santo em suas vidas, propondo uma meta inspiradora para o próximo Ano Santo:

“São Paulo exortava Timóteo a ‘reavivar a chama do dom de Deus’ (2Tm 1,6), e o verbo sugere a imagem de quem sopra o fogo para reacender a chama. Eis uma bela meta para o ano jubilar! Tirar as cinzas do costume e da indiferença, e, como portadores da tocha olímpica, ser portadores da chama do Espírito. Que o Espírito nos ajude a dar esses passos!”

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