Santo Padre

Papa nomeia três mulheres para altos cargos na Cúria Romana

Papa também anunciou que vislumbra no futuro a possibilidade da nomeação de leigos à frente de Dicastérios

Escrito por Guilherme Gomes

13 JUL 2022 - 09H05 (Atualizada em 13 JUL 2022 - 09H39)

Reprodução/ Vatican Media

Leia MaisPapa confessa a sua maior saudade da vida em Buenos AiresPapa sobre escândalos financeiros no Vaticano: “A administração era desordenada”Não foram duas, como anunciado anteriormente pelo Papa, mas três mulheres que assumiram cargos importantes na Cúria Romana.

Nesta quarta-feira (13), entre os novos membros anunciados pelo Pontífice para assumirem o Dicastério para os Bispos, estão as irmãs Raffaella Petrini, secretária geral do Governorato do Estado da Cidade do Vaticano, Yvonne Reungoat, ex-Superiora Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, além da Doutora Maria Lia Zervino, Presidente da União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas.

Em entrevista à agência Reuters, o Santo Padre falou sobre a valorização da mulher na Cúria Romana e explicou, pela primeira vez, sobre a presença feminina no Vaticano.

Estou aberto para que seja dada a oportunidade. Agora, na Congregação para os Bispos, na comissão para eleger os bispos, duas mulheres irão para lá pela primeira vez”, disse o Papa.

Na mesma entrevista, o Papa também anunciou que vislumbra no futuro a possibilidade da nomeação de leigos à frente de Dicastérios como Leigos, Família e Vida, para a Cultura e para a Educação, “ou a Biblioteca, que é quase um Dicastério".

A decisão parte do que estabelece a nova Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium, que reforma a Cúria, e sobre quais Dicastérios poderiam ser confiados a um leigo ou leiga no futuro.

Em entrevista ao A12, o brasileiro Padre Alexandre Awi, secretário do Papa para o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, falou sobre a “Praedicate Evangelium”.

Alessandro Cardoso
Alessandro Cardoso
O Padre Alexandre Awi ministrou aulas na pós-Graduação em Mariologia da Academia Marial de Aparecida e falou sobre o Magistério do Papa Francisco



Um dos pontos mais revolucionários dessa reforma é que os leigos e mulheres, por mandato do Papa, podem exercer funções de liderança e isso é ótimo. Eu espero que meu sucessor seja um leigo ou leiga”, disse o brasileiro.

Entre as mulheres leigas que já ocupam cargos de alto nível no Vaticano, além da Irmã Petrini, estão Barbara Jatta, a primeira diretora dos Museus Vaticanos, Linda Ghisoni e Gabriella Gambino, ambas subsecretárias no Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; a professora Emilce Cuda, secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, Nataša Govekar, diretora da Direção teológica-pastoral do Dicastério para a Comunicação, e Cristiane Murray, vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Em janeiro de 2020, uma mulher foi nomeada pela primeira vez subsecretária da Seção da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados e as organizações internacionais, Francesca di Giovanni, responsável pelo setor multilateral. Todas foram nomeadas pelo atual Pontífice.

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