Santo Padre

Papa se encontra com participantes do IV Encontro Internacional de Corais

Santo Padre: “Sois depositários dum tesouro secular de arte, beleza e espiritualidade”

Escrito por Redação A12

08 JUN 2024 - 11H50 (Atualizada em 08 JUN 2024 - 11H57)

Vatican Media / Divulgação

Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado (8), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de quatro mil participantes do IV Encontro Internacional de Corais, entre eles especialistas em música sacra e litúrgica.

O encontro acontece em comemoração ao aniversário de 40 anos de fundação do Coro da Diocese de Roma, fundado por monsenhor Marco Frisina, que conduziu os trabalhos do evento de três dias.

Em seu discurso, o Santo Padre iniciou afirmando ao público presente: “Sois depositários dum tesouro secular de arte, beleza e espiritualidade”. Em seguida citou a espontaneidade das crianças na Sala Paulo VI.

“Elas são assim, elas se expressam como são. Devemos cuidar das crianças porque elas são o futuro, são a esperança, mas também são o testemunho da espontaneidade, da inocência e da promessa”.

E explicou que é por essa razão que Jesus disse que queria as crianças por perto, que Ele nos pede para mostrarmos o caminho certo a elas: “O Reino de Deus pertence àqueles que são como crianças”.

Após dar boas-vindas a todos e agradecer pelo encontro, Papa disse que o aniversário é um estímulo a prosseguir o serviço precioso que prestam em Roma e em tantas partes do mundo.

“É bom ver-vos aqui, até porque, vindos de lugares diferentes, mas unidos pela fé e pela paixão musical, sois um forte sinal de unidade”.

Em seguida, o Papa chamou a atenção para três aspectos essenciais do serviço prestado pelos coros: a harmonia, a comunhão e a alegria.

“Em primeiro lugar: a harmonia. A música gera harmonia, chegando a todos, consolando os que sofrem, devolvendo entusiasmo aos que estão desanimados e fazendo florescer em cada um, valores maravilhosos como a beleza e a poesia, reflexo da luz harmoniosa de Deus. De fato, a arte da música tem uma linguagem universal e imediata, que não requer traduções nem grandes explicações conceptuais”.

“Segundo: a comunhão. O canto coral faz-se em conjunto, não sozinho. E isto fala-nos também da Igreja e do mundo em que vivemos. De fato, o nosso caminhar juntos pode ser representado como a execução de um grande “concerto”, no qual cada um participa com as suas capacidades e oferece o seu contributo, tocando ou cantando a “parte” que lhe cabe e redescobrindo assim a sua singularidade, enriquecida na sinfonia da comunhão”.

“Em terceiro lugar, a alegria. Sois depositários dum tesouro secular de arte, beleza e espiritualidade. Não permitais que a mentalidade do mundo o polua com interesses, ambições, ciúmes, divisões que, como bem sabeis, podem infiltrar-se na vida de um coro, como na de uma comunidade, tornando-os lugares não já alegres, mas tristes e pesados, acabando por os desintegrar”.

Ele ainda falou da beleza desta vocação e deste dom de Deus, ressaltando que é preciso cuidar, rezar e se aperfeiçoar.

Manter elevado o teor espiritual da vossa vocação: com a oração e a meditação da Palavra de Deus, participando não só com a voz, mas também com a mente e o coração nas liturgias que animais, e vivendo dia a dia com entusiasmo os seus conteúdos, para que a vossa música seja cada vez mais uma feliz elevação do coração até Deus, que com o seu amor tudo atrai, ilumina e transforma”.

O Papa encerrou seu discurso agradecendo a visita e o serviço à oração da Igreja e à evangelização que cada um presta.

“Acompanho-vos com a minha bênção. E peço-vos por favor que, enquanto cantais, rezeis também por mim”.

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