Santo Padre

Papa trata da violência contra crianças: “uma chaga que persiste na história”

Preocupação do Papa Francisco com as crianças é tema de Audiência Geral desta quarta (8)

Escrito por Redação A12

08 JAN 2025 - 09H40

Vatican Media

Na primeira audiência geral de 2025, realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco escancarou aos fiéis um tema urgente e doloroso: a exploração infantil. Em meio à celebração do Tempo do Natal, o Pontífice relembrou o sofrimento das crianças de Belém massacradas por Herodes e traçou um paralelo com as formas modernas de violência contra os pequenos.

“O século que gera inteligência artificial e planeja existências multiplanetárias ainda não superou a chaga da infância humilhada, explorada e mortalmente ferida”, lamentou Francisco.

O Santo Padre enfatizou que, enquanto a humanidade mira em Marte e nos mundos virtuais, continua incapaz de encarar o sofrimento de crianças marginalizadas.

Os filhos são um dom divino, mas nem sempre respeitado

Inspirado na Sagrada Escritura, o Pontífice lembrou que os filhos são um presente de Deus: “Olhai! os filhos são herança do Senhor; o fruto das entranhas é recompensa” (Salmo 127).

Contudo, essa herança muitas vezes é desrespeitada. Ao reforçar o drama dos refugiados, Francisco comparou a fuga da Sagrada Família ao Egito com a realidade de muitas crianças hoje.

“A tempestade da violência de Herodes, que massacra as crianças de Belém, irrompe imediatamente também sobre o recém-nascido Jesus. Um drama sombrio que se repete noutras formas da história. E aqui, para Jesus e para os seus pais, o pesadelo de se tornarem refugiados num país estrangeiro, como acontece hoje com muitas pessoas, muitas crianças”.

Exploração infantil: uma ferida global

O Papa denunciou a existência de milhares de crianças forçadas ao trabalho, privadas de sonhos e oportunidades.

“Em todas as partes do planeta existem crianças exploradas por uma economia que não respeita a vida; uma economia que queima o nosso maior depósito de esperança e amor”.

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Não podemos ser indiferentes

Francisco apelou à responsabilidade coletiva: “Não podemos aceitar que crianças sejam privadas da sua infância, dos seus sonhos, vítimas da exploração e da marginalização”. Ele pediu oração para que todas as crianças cresçam “em idade, sabedoria e graça, recebendo e dando amor”.

Ao fim da audiência, um grupo de circenses se apresentou, enchendo a Sala Paulo VI de luz e cores. O Papa agradeceu efusivamente: “O circo nos faz rir como crianças. Vocês têm a missão de trazer alegria e fazer coisas boas”.

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Fonte: Vatican News

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