Com o tema “Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz”, o Papa Francisco propõe na mensagem para o Dia Mundial da Paz que 2025, o Ano Santo da Esperança, tenha uma palavra central: o perdão.

Em mensagem que será refletida em 1º de janeiro na Igreja no mundo todo, o Santo Padre destaca três iniciativas fundamentais que devem marcar esse Jubileu: o perdão da dívida externa, o fim da pena de morte e a criação de um fundo global para erradicar a fome.

“No início deste ano, queremos escutar este grito da humanidade para nos sentirmos chamados a quebrar as correntes da injustiça e proclamar a justiça de Deus”, escreve o Papa.

Três propostas concretas, segundo o Papa Francisco

Perdão da dívida externa

Francisco apela à comunidade internacional para reconhecer a existência de uma dívida ecológica entre o Norte e o Sul do mundo, promovendo o cancelamento da dívida externa de países em dificuldades. O Pontífice enfatiza que esta não é apenas uma questão de solidariedade, mas de justiça.

Fim da pena de morte

O Papa convida todas as nações a abolir a pena de morte, ressaltando que essa prática “compromete a inviolabilidade da vida e aniquila toda a esperança humana de perdão e renovação”.

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Fundo global contra a fome

Inspirado pelas propostas de São Paulo VI e Bento XVI, Francisco sugere destinar uma porcentagem fixa dos gastos militares para criar um fundo mundial dedicado à erradicação da fome e à promoção de educação e desenvolvimento sustentável nos países mais pobres.

Ele destaca que a construção de um mundo novo não depende apenas do fim das guerras, mas também da superação de erros passados e da criação de caminhos de paz sustentados por corações desarmados.

O Santo Padre conclui com uma oração que reflete a essência deste Jubileu:

“Perdoa-nos as nossas ofensas, Senhor,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 
e, neste círculo de perdão, concede-nos a tua paz, 
aquela paz que só Tu podes dar
para aqueles que deixam o seu coração desarmado,
para aqueles que, com esperança, querem perdoar as dívidas aos seus irmãos,
para aqueles que confessam sem medo que são vossos devedores, 
para aqueles que não ficam surdos ao grito dos mais pobres.”

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Fonte: Vatican News