O Papa Francisco conduziu uma Vigília Penitencial na Basílica de São Pedro na última terça, 1º de outubro, marcada por momentos de profunda reflexão e testemunhos comoventes de pessoas afetadas por abusos, guerras e pela falta de caridade. Esta vigília é uma das novidades apresentadas na segunda sessão do Sínodo dos Bispos, encerrando o retiro sinodal de dois dias realizado antes da abertura solene, realizada nesta quarta (2).
Durante a vigília, estavam presentes pessoas que compartilharam suas histórias de dor além de sete cardeais que representaram a Igreja ao expressar vergonha e pedir perdão por uma série de pecados, contra a paz, contra o meio ambiente, contra a dignidade das mulheres e dos pobres, além dos abusos de poder e da instrumentalização da doutrina para condenar o próximo. O Papa, em sua reflexão, disse da importância de nomear explicitamente esses pecados:
“Eu quis escrever os pedidos de perdão lidos por alguns cardeais, porque era necessário nomear nossos principais pecados. O pecado é sempre uma ferida nas relações: na relação com Deus e na relação com os irmãos e irmãs.”
Francisco ressaltou que a Igreja, em sua essência, é uma comunidade de fé, e essa fé só pode ser vivida plenamente quando as relações doentes são curadas. “Como poderíamos ser credíveis na missão se não reconhecermos nossos erros e não nos inclinarmos para curar as feridas que causamos com nossos pecados?” questionou.
O Santo Padre refletiu sobre a parábola do fariseu e do publicano, presente no Evangelho de Lucas, convidando os presentes a uma introspecção sobre as atitudes de orgulho e presunção que, muitas vezes, contaminam a vida da Igreja.
Francisco também destacou que a celebração penitencial é uma oportunidade para restaurar a confiança na Igreja, que foi profundamente abalada pelos erros e pecados do passado e do presente, e enfatizou que não deseja que esse fardo atrase a caminhada do Reino de Deus na história. “É uma oportunidade de começar a curar as feridas que não param de sangrar”.
Em um apelo às gerações mais jovens, Francisco pediu perdão pela falta de testemunhas legítimas na Igreja, expressando o desejo de que a Igreja se renove para ser mais fiel ao chamado de Deus. Após sua reflexão, o Papa rezou com os presentes uma oração de arrependimento e clamor a Deus por perdão e coragem para uma autêntica conversão:
“Ó Pai, estamos aqui reunidos conscientes de nossa necessidade de teu olhar de amor. Temos as mãos vazias, só podemos receber o que tu nos podes dar. Pedimos perdão por todos os nossos pecados; ajuda-nos a restaurar teu rosto, que desfiguramos com nossa infidelidade. Pedimos perdão, sentindo vergonha, àqueles que foram feridos por nossos pecados. Concede-nos a coragem de um arrependimento sincero para uma autêntica conversão. Pedimos isso invocando o Espírito Santo, para que possa encher de sua Graça os corações que criaste, em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém.”
:: 5 lições do Papa para quem precisa aprender a pedir perdão
Fonte: Vatican News
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