O Santo Padre, Papa Francisco, em um ciclo de catequeses sobre a oração, realizado em novembro de 2020, disse que, se alguém pensar que não é necessário falar de oração, “sim, é necessário”, afirmou o Papa.
Para o Pontífice, se não rezarmos não teremos a força para ir em frente na vida:
“A oração é como o oxigênio na vida. A oração é atrair sobre nós a presença do Espírito Santo, que nos faz ir adiante sempre. Por isso, eu falo muito sobre a oração”.
Esta reflexão do Papa continua se encaixando sobre a vida das pessoas e faz muito sentido. Veja o que o A12 separou sobre tais reflexões do Papa.
Francisco mostra luzes sobre o tema
O Sumo Pontífice diz que a oração é praticada com perseverança:
“Jesus deu exemplo de uma oração contínua, praticada com perseverança. O diálogo constante com o Pai, no silêncio e no recolhimento, é o fulcro, a base de toda a sua missão”.
Leia Mais8 pontos para entender a "Fratelli Tutti", nova encíclica do Papa FranciscoEle também recorda três parábolas contidas no Evangelho de Lucas e primeiro apresenta o personagem da parábola que, tendo que receber um hóspede que chegou de repente, no meio da noite, vai bater à porta de um amigo e pede-lhe pão: "O amigo responde 'não!', porque já está na cama, mas ele insiste, e insiste a ponto de o obrigar a levantar-se e a dar-lhe. Um pedido tenaz!”.
Mas Deus é mais paciente do que nós, e quem bate à porta do seu coração com fé e perseverança não fica desiludido. "Deus responde sempre. Sempre! O nosso Pai sabe bem do que precisamos; a insistência não serve para o informar ou convencer, mas para alimentar o desejo e a expectativa em nós”, disse.
A segunda parábola é a da viúva que se dirige ao juiz para que a ajude a obter justiça. Este juiz é um homem sem escrúpulos, mas, no final, exasperado pela insistência da viúva, decide contentá-la. Esta parábola nos faz compreender que a fé não é o impulso de um momento, mas uma disposição corajosa para invocar Deus, até para “discutir” com Ele, sem se resignar ao mal e à injustiça.
Quem reza nunca está sozinho
A terceira parábola apresenta um fariseu e um publicano que vão ao Templo para rezar. O primeiro dirige-se a Deus gabando-se dos próprios méritos; o outro sente-se indigno até de entrar no santuário. Contudo, Deus não ouve a oração dos soberbos, mas atende a dos humildes. Não há verdadeira oração sem espírito de humildade. É a humildade que nos impele a orar.
O ensinamento do Evangelho é claro: é preciso rezar sempre, até quando tudo parece vão:
"Quando Deus nos parece surdo e mudo, e que perdemos tempo. Mesmo que o céu se ofusque, o cristão não deixa de rezar. A sua oração anda de mãos dadas com a fé. E a fé, em muitos dias da nossa vida, pode parecer uma ilusão, uma labuta estéril. Existem momentos escuros em nossas vidas e ali a fé parece uma ilusão, mas praticar a oração significa também aceitar esta dificuldade".
Segundo o Papa, nas noites de fé, quem reza nunca está sozinho. "Na verdade, Jesus não é apenas testemunha e mestre de oração, é muito mais. Ele nos acolhe na sua oração, para podermos rezar n'Ele e através d'Ele. E isto é obra do Espírito Santo. É por este motivo que o Evangelho nos convida a rezar ao Pai em nome de Jesus".
O Pontífice recordou também as palavras do (Sl 90-91):
"É em Cristo que esta maravilhosa oração se cumpre, é n'Ele que encontra a sua verdade plena. Sem Jesus, as nossas orações correriam o risco de se reduzir a esforços humanos, na maioria das vezes destinados ao fracasso. Mas Ele tomou sobre si cada grito, cada gemido, cada júbilo, cada súplica, cada prece humana.
Não nos esqueçamos o Espírito Santo. O Espírito Santo reza em nós. É Ele que nos impele a rezar, nos leva a Jesus, é o dom que o Pai e o Filho nos deram para ir ao encontro de Deus. Quando nós rezamos é o Espírito Santo que reza em nossos corações".
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