“Spes non confundit”, que significa “A Esperança não decepciona”, é o título da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, entregue simbolicamente hoje, pelo Papa Francisco, às Igrejas dos cinco continentes.
Trechos da Bula foram lidos por Monsenhor Leonardo Piacenza na Basílica de São Pedro durante a celebração das Segundas Vésperas na Solenidade da Ascensão do Senhor nesta quinta-feira (9), com a presença do Santo Padre.
Em muitos países, como no Brasil, esta festividade litúrgica é transferida para domingo.
A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, doentes, idosos, pobres e jovens, sem se esquecer da alarmante baixa na taxa de natalidade que o mundo presencia. A Bula anuncia, também, as novidades do Ano Santo de 2025, que terá como tema “Peregrinos de esperança”.
Francisco espera que “o primeiro sinal de esperança” do Jubileu se traduza em paz para o mundo, imerso na tragédia da guerra:
“Esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?”
Abertura das Portas Santas
O Papa estabelece que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será aberta em 24 de dezembro deste ano. No domingo seguinte, abrirá a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão. Em 1º de janeiro de 2025, a de Santa Maria Maior e, em 05/01, a Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. As três Portas serão fechadas em 28 de dezembro de 2025.
O Jubileu terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro em 6 de janeiro de 2026. Para oferecer aos prisioneiros um sinal concreto de proximidade, o Pontífice anuncia algo inédito: que abrirá pessoalmente uma Porta Santa em uma penitenciária.
No documento, o Pontífice recorda também dois importantes aniversários: a celebração em 2033 dos dois mil anos da Redenção e os 1700 anos do primeiro grande Concílio Ecumênico de Niceia, que entre outros temas tratou também da definição da data da Páscoa.
Por fim, Francisco incentiva os peregrinos a visitarem e rezarem em Santuários Marianos para invocar a proteção de Maria, de modo a “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos”.
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