Santo Padre

Seis vezes em que o Papa 'cutuca' injustiças

Escrito por Eduardo Gois

20 AGO 2021 - 10H00 (Atualizada em 20 AGO 2021 - 10H50)

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São inúmeras às vezes em que o Santo Padre, o Papa Francisco, não se calou diante de injustiças ou de condições que ele considera inadequadas, daquelas que não dá para se calar.

Discursos, homilias, catequeses... Muitas vezes as declarações do Papa passam despercebidas ou caem no esquecimento. Por isso, veja seis vezes em que o Papa 'cutucou' injustiças.

1. Quando pede para as pessoas reagirem

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Em 31 de março de 2018, o Papa falou aos cristãos que
não se calem perante as injustiças e se esforcem por criar caminhos de dignidade. Isso ocorreu em homilia da Vigília Pascal do Sábado Santo daquele ano.

Leia MaisSeis vezes em que o Papa critica o ódio Lembrando as últimas horas de Jesus Cristo e os que ficaram sem saber reagir, Papa Francisco falou sobre os discípulos que calaram-se ou, fazendo um paralelismo com os dias de hoje, falando das pessoas que, sem palavras perante uma realidade que lhe é imposta, acreditam que nada se pode fazer para reverter injustiças.

O papa criticou a atitude, que cala "a esperança" e leva as pessoas a pensar que "sempre foi assim, acabando por se banalizar situações.

2. Ao elencar Injustiça diante da pobreza 

Segundo o Papa, em sua mensagem para o Dia Mundial dos Pobres de 2018, a pobreza não é procurada, mas criada pelo egoísmo, a soberba, a avidez e a injustiça:

"Males tão antigos como o homem, mas sempre pecados são, acabando enredados neles tantos inocentes, com dramáticas consequências sociais", escreveu.

3. Também alerta juízes a que não cometam injustiças

Em julho de 2019, na intenção de orações para cada mês, o Santo Padre dedicou atenção a todos aqueles que administram a justiça, para que operem com integridade e para que a injustiça que atravessa o mundo não tenha a última palavra.

4. Aponta que a falta de oportunidades aos mais vulneráveis é violência

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Em 4 de junho de 2018, o Santo Padre apontou que a injustiça e a falta de oportunidades, especialmente para os mais pobres e mais vulneráveis, é uma forma silenciosa de violência.

"A injustiça e a falta de oportunidades tangíveis e concretas por trás de tanta análise incapaz de se colocar nos pés dos outros – e não digo sapatos, porque em muitos casos estas pessoas não têm –, também é uma forma de gerar violência: silenciosa, mas violência, disse o Papa Francisco na Cúpula Pan-americana de Juízes, promovida pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

5. Até na JMJ ele cutuca injustiças

Gustavo Cabral
Gustavo Cabral
Vigília do Santo Padre com os jovens na JMJ Panamá 2019


O Papa Francisco encontrou-se com os Bispos da América Central no dia 24 de janeiro de 2018, na Cidade do Panamá, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O Pontífice exortou a Igreja a ser humilde e pobre, não arrogante nem cheia de orgulho, seguindo o exemplo de São Óscar Romero.

“Muitos homens e mulheres, sacerdotes, consagrados, consagradas e leigos ofereceram a vida até ao derramamento do próprio sangue, para manter viva a voz profética da Igreja contra a injustiça, o empobrecimento de tantas pessoas e o abuso do poder”.

6. Papa denuncia injustiças e abusos até mesmo no mundo marítimo

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O Santo Padre também afirmou, em 27 de junho de 2019, que a vida marítima ou de pescador não é marcada somente pelo isolamento e pelo afastamento.

Às vezes também é ferida por experiências vergonhosas de abusos e injustiças; pelas insídias dos traficantes de pessoas humanas; pelas chantagens do trabalho forçado. Outras vezes não recebem o salário devido ou são abandonados em portos distantes. Além dos perigos da natureza – tempestades e tornados – devem enfrentar aqueles dos homens, como os piratas e os ataques terroristas. Navegam os oceanos e os mares do mundo, desembarcando em portos onde nem sempre são bem acolhidos”, afirmou.

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