A 13ª Congregação Geral do Sínodo dos Bispos para os Jovens prosseguiu hoje, 17 de outubro, o debate sobre a Instrumentum Laboris: Escolher caminhos de conversão pastoral e missionária.
Leia MaisPapa pede a reza do terço para combater espírito maligno Os Padres sinodais que se pronunciaram na 13ª Congregação Geral ofereceram exemplos comoventes sobre pessoas que vivem em áreas do mundo onde os cristãos são minoria, muitas vezes perseguida.
Foi recordado também o Oriente Médio, onde várias pessoas morrem por causa da fé em Jesus Cristo, depois os dálits, na Índia, últimos da sociedade, pessoas sem direitos que, mantendo a fé e a dignidade de filhos de Deus - suas únicas riquezas - vão ao encontro do martírio.
Veja seis pontos importantes discutidos no momento:
1. Testemunho cristão suscita novas conversões
Do exemplo desses santos dos nossos dias, surgem novas conversões. Todo jovem deseja encontrar pastores que vivam o espírito das bem-aventuranças; que rezem, meditem e não sejam simples trabalhadores ou funcionários de uma instituição. Os bispos exortam a Igreja à transparência e a dizer com alegria que o celibato e a castidade são opções possíveis com a graça de Deus.
2. Igreja NO mundo, não DO mundo
'No' mundo, sem ser 'do' mundo. A Igreja deve ser menos discursiva e mais acolhedora. Nesse sentido, é importante a figura de um bom diretor espiritual que, mesmo condenando o pecado, acompanhe com amor.
3. Que a Igreja não renuncie a falar da cruz
Os bispos denunciam a cultura atual, materialista e hedonista, que procura tirar Deus do coração do ser humano, propondo falsos ídolos como o dinheiro, dependências (vício de jogo, pornografia, etc.) e prazeres efêmeros, rejeitando ideais e valores cristãos como a família. São desafios diante dos quais a Igreja não pode deixar de indicar a força de Cristo Ressuscitado. Para ter uma Igreja revigorada, o Sínodo encoraja os jovens a rezar o Terço e a receber os Sacramentos da Confissão e da Eucaristia.
4. Drama do desemprego e da imigração
A atenção da Assembleia Sinodal voltou-se também para o drama do desemprego. Que a Igreja seja uma família que ajude aqueles que não têm trabalho. Um exemplo virtuoso é o apoio eclesial a projetos de microcrédito, na convicção de que o trabalho ajuda a dar sentido à vida e proporciona um futuro sereno na sociedade.
Os pastores devem pedir às instituições para dar mais atenção às novas gerações, sobretudo a quem é obrigado a imigrar, abandonando sua família e raízes.
5. Que a Igreja não renuncie à educação cristã
O Sínodo pede à Igreja para não renunciar ao direito de educar os jovens nas escolas e universidades: lugares de abertura, diálogo, formação das consciências e reforço dos valores morais. Recomenda-se salvar as escolas já existentes antes de criar outras. Além disso, pede-se para não se esquecer das famílias pobres e desfavorecidas que, por motivos econômicos, não podem oferecer aos filhos uma boa instrução.
6. Testemunhos dos auditores
Enfim, tomaram a palavra na Congregação alguns auditores, que partilharam com a assembleia sua experiência de conversão amadurecida, dentro dos novos movimentos eclesiais. Outros evidenciaram a necessidade de dar mais responsabilidade aos leigos, às mulheres e famílias. Dentre as propostas que emergiram, a ideia de incentivar formas de residência comunitária, formadas por jovens engajados em regras de vida comuns e que se dedicam a iniciativas de evangelização. Foi feito um apelo a renovar o modelo de formação nos seminários, numa chave menos teórica de conteúdo e mais experiencial, próxima à realidade juvenil.
.:: Infográfico: Essa é a juventude do papa!
Fonte: Vatican News
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